quinta-feira, 28 de abril de 2011

Grau 7: Preboste e Juiz

Para que a justiça continuasse cada vez com mais força e vigor a ser distribuída ao povo, Salomão criou um tribunal composto por Prebostes e Juízes. Os primeiros administrariam a justiça militar; os segundos, a justiça civil. Tal narrativa foi retirada da Bíblia, dos livros de Crônicas, Reis e Juízes. Tito era o presidente deste conselho por ser o príncipe dos Harodins, chefes que trabalhavam na construção do Templo de Jerusalém.
Até então, a lei baseava-se na Lei Mosaica, contida no Pentateuco. O conselho de Prebostes e Juízes tinha a capacidade legislativa, isto é, de criar leis.
A função do Grau de Preboste e Juiz é de intuir no âmago dos Iniciados a idéia fixa da justiça e da sabedoria. Neste Grau, tudo gira em torno da obrigação de se fazer justiça. Pena que o Grau é transmitido por comunicação e poucas Sessões dele são realizadas.


1 - Ornamentação da Loja

A decoração é vermelha e o Templo é iluminado por cinco luzes, sendo uma em cada canto e uma no centro do Templo.
O Presidente é Tito e representa o Príncipe dos Harodins.

2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADAS - Jakinal (Deus residente)

- PASSE - Tito (não é hebraico)

SINAIS

–ORDEM- Colocar o dedo indicador e médio direitos na ponta do nariz.

TOQUE - Entrelaçar com o interlocutor os dedos das mãos direitas e com o polegar dar sete toques na palma da mão(!!! !!! !).

BATERIA - Cinco pancadas (!!!! !).

IDADE - 27 anos.

TRABALHO - Oito, duas e sete.


3 - Insígnias do Preboste e juiz

Avental - De cor branca e bordado de vermelho. No corpo tem um bolso e uma roseta vermelha. Na abeta tem uma chave.
Fita - Fita vermelho-vivo e tiracolo pendente à Jóia que é uma chave.
O bolso é para guardar a chave da urna de ébano, reservatório das atas. A Jóia é condizente com o Grau e seu simbolismo.
Indumentária - Todos os Irmãos estarão vestidos de preto.


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Grau 6: Secretário Íntimo

É também um Grau intermediário e igualmente transmitido por comunicação, tratando-se de um Grau Bíblico cujo tema foi eleito no primeiro livro de Reis.
Salomão havia prometido a Hiram, rei de Tiro (não confundir com Hiram Abi ou Hiram), que, após a conclusão do Templo de Jerusalém, seria recompensado com vinte cidades que ficavam na região de Cabul na Galiléia (Palestina).
Após as exéquias de Hiram, Hiram (Rei de Tiro) resolveu sigilosamente verificar as cidades oferecidas por Salomão. Não agradou aos seus olhos o que viu. As cidades eram deploráveis e o povo, ignorante.
Este havia fornecido materiais e mão-de-obra para o templo e, julgando-se enganado por Salomão, voltou a Jerusalém e, tomado pelo ímpeto, foi diretamente à Câmara Real para tirar satisfações.
Joabem, um dos funcionários preferidos de Salomão, vendo-o passar assim arrebatado, temeu pela vida de seu rei. Resolveu assim seguir a Hiram, onde, oculto, velaria pela segurança de Salomão.
O Rei de Tiro descobriu Joabem e exigiu de Salomão uma punição, pois considerou o ato como espionagem desrespeitosa.
Salomão acalmou-o dizendo que as cidades seriam reformadas antes da entrega e deu conta da dignidade e integridade de Joabem.
Hiram compreendeu e pediu a Salomão que Joabem fosse escolhido para secretariar o tratado que em breve iriam assinar.

1 - Ornamentação da Loja

O Templo decorado para este Grau representa a Câmara de Audiências do Rei Salomão. Deve ter cortinas vermelhas e no trono há duas cadeiras (para Salomão e Hiram, Rei de Tiro).
Sobre o trono há duas espadas e um rolo de pergaminho (tratado).



2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Ivah (palavra referente à divindade).

- PASSE - Joabem - Resposta: Zerbal (Joabem era o nome do capitão das guardas e Zerbal significa inimigo dos inimigos de Deus).

SINAIS

- ORDEM - Levar a mão direita até o ombro esquerdo e depois atravessar o corpo levando-a ao quadril direito.

BATERIA - Dar 27 pancadas por 8 e 1 vezes 3.
O Secretário íntimo também é 10º Grau Mestre Eleito dos Quinze, conhecido como Mestre por Curiosidade.

3 - Insígnias do Secretário Intimo

Avental - Branco forrado e debruado de vermelho, contendo sobre a abeta um triângulo dourado.
Fita - Fita a tiracolo de cor vermelho-vivo com a Jóia do Grau que são três triângulos entrelaçados.



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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Grau 5: Mestre Perfeito

Trata-se de um Grau considerado intermediário, uma vez que é transmitido por comunicação. A parte esotérica do Grau refere-se à tradição israelita e salomônica e os trabalhos desenvolvem-se num novo aprofundamento e detalhamento da Lenda de Hiram. Desta vez é a transladação dos restos mortais de Hiram para o túmulo definitivo, cuja construção consumiu sete anos.
Todos os trabalhadores do Templo de Jerusalém param os seus trabalhos para participar dos funerais do Mestre Hiram, que, com muita pompa, ganha tumba definitiva e é sepultado junto com um triângulo de ouro onde estava escrita a sua parte da Palavra Sagrada e agora perdida.
Enfim, o Grau 5, Mestre Perfeito, é uma extensão dos Graus 3 e 4.

1 - Ornamentação da Loja

A Loja é decorada com cor verde e apresenta quatro Colunas em cada canto, representando o mausoléu de Hiram.

2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS
-SAGRADA - Jehovah
- PASSE - Acácia

SINAIS

- ADMIRAÇÃO - Levantar as mãos e olhar para cima; em seguida deixar cair os braços, cruzando-os sobre a testa, olhando para a terra.

TOQUE - Colocar reciprocamente as mãos esquerdas sobre os ombros direitos, apertar as mãos direitas com os ombros direitos e apertar as mãos direitas com os polegares afastados.

BATERIA - Início dos trabalhos: um ano; depois: sete anos.

TRABALHO - Da uma às sete horas.


3 - Insígnias do Mestre Perfeito

Avental - De cor branca com a abeta verde. No corpo há três círculos concêntricos com uma Pedra Cúbica no centro contendo as letras IOD.
Fita - Fita verde a tiracolo com a Jóia do Mestre Perfeito formada de um
Compasso aberto sobre um segmento de círculo. O Compasso está aberto em 60 graus.
Na verdade, a Jóia do Mestre Perfeito tem muito pouco a ver com o Grau, sua história, desenrolar e filosofia, ao contrário do que ocorre com a Jóia do Grau de Mestre Secreto.
Indumentária - Todos os Irmãos estarão vestidos de preto.


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Grau 4: Mestre Secreto

O Grau 4, o de Mestre Secreto, é uma continuação do 3 (Mestre Maçom). O candidato (Mestre Maçom) é levado vendado à Loja de Perfeição, onde é Iniciado neste Grau.
O Grau é dedicado por excelência ao sigilo e ao segredo, e por todo o seu desenrolar chora-se a morte por assassinato do Mestre Hiram. Os culpados ainda não foram punidos, encontrando-se foragidos.
É um Grau Bíblico-Místico-Lendário. O Mestre Secreto é recebido debaixo do loureiro e da oliveira onde, em companhia dos Irmãos, derrama lágrimas ao deparar-se com o túmulo de Hiram.

1 - Ornamentação da Loja

A Loja é decorada em preto, com lágrimas brancas e representa o Sanctum e o Sanctum- Sanctorum do Templo de Jerusalém. No Oriente encontramos a Arca da Aliança, o Altar dos Perfumes, o Altar dos Pães da Proposição, o Candelabro de 7 velas (menorá), a Urna do Maná e o Bastão de Aarão. (Detalhes extraídos da Bíblia.)
O Venerável (Três vezes Poderoso Mestre) e há apenas um Vigilante, uma vez que Hiram está morto e ainda não foi substituído.



2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Iod, Adonai e Ivah (as três palavras representam a divindade)

- PASSE - Ziza

SINAIS

- ORDEM - Colocar o dedo indicador e médio direitos sobre os lábios.

- SAUDAÇÃO - Estando assim à ordem, baixar a mão e voltar à mesma situação. Se o interlocutor quiser responder, fizer o mesmo sinal com a mão esquerda (este é o Sinal de Segredo).

- TOQUE - Entremear a face interna da perna direita com a face interna da perna esquerda do interlocutor. Fazer a Garra de Mestre, deslizando a mão até o cotovelo e apertar sete vezes.

-BATERIA - Dar sete pancadas, por seis e por uma (!!!!!! !).

-IDADE - Três vezes 27 anos completos.

-TRABALHO - Da madrugada à meia-noite.

3 - Insígnias do Mestre Secreto

Avental - Branco com o cordão e debrum negro, com ramos entrelaçados de oliveira e laurel com a letra Z no meio.
Na abeta azul tem um olho sobre fundo radiante, na cor dourada.
Fita - Fita azul, forrada de negro, colocada a tiracolo e tendo como Jóia uma chave de marfim com a letra Z.
A Jóia do Mestre Secreto está inteiramente de acordo com as prescrições do Grau. A chave é o principal Símbolo do silêncio e da discrição e o marfim é um Símbolo de poder, da pureza e da sabedoria.
A letra Z é a inicial da Palavra de Passe, que por sua vez também é uma espécie de chave que abre a Loja ao Mestre Secreto.
Indumentária - Todos os Irmãos estarão vestidos de preto.


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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Graus Inefáveis ou de Perfeição

São os Graus compreendidos entre o 4 e o 14 e são concedidos pelas Lojas de Perfeição, por Iniciação, 4, 9 e 14 ou por Comunicação, os demais (5, 6, 7, 8, 10, 11, 12 e 13). São chamados de Graus Inefáveis por terem quase todos, nas suas Palavras Sagradas, de uma forma ou de outra, referência ou alusão ao nome Inefável, que é o nome de Deus.
Também fazem referência ao assassinato de Hiram, cuja lenda do Grau 3 é reaberta e ampliada nos Graus 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10, ora com a procura do corpo, ora com a substituição de Hiram, e até com o reexame da punição dos assassinos, consumada nos Graus 9 e 10.
Assim, nos Graus de Perfeição, encontramos Graus Lendários, Bíblicos, Judaicos e Cavalheirescos.
Os Graus de Perfeição são também conhecidos por Maçonaria Vermelha.
São os seguintes os Graus Inefáveis concedidos pelas Lojas de Perfeição:

4 - Mestre Secreto*
5 - Mestre Perfeito
6 - Secretário Intimo
7 - Preboste e Juiz
8 - Intendente dos Edifícios
9 - Mestre Eleito dos Nove*
10 - Mestre Eleito dos Quinze
11 - Cavaleiro Eleito dos Doze
12 - Grão-Mestre Arquiteto
13 - Real Arco
14 - Perfeito e Sublime Maçom*

* Transmitidos por Iniciação.

Vamos agora fazer uma breve apreciação ou pequeno resumo de cada Grau de Perfeição em particular, com maior ênfase naqueles transmitidos por Iniciação, uma vez que as Lojas de Perfeição, na prática, poucas ou nenhuma Sessões realizam como Loja de Grau comunicado.
Estes são vistos de maneira muito superficial e ligeira, o que é uma pena.
Inefável é aquilo que não se pode exprimir por palavras. É uma alusão à tradição judaica, na qual não se pronuncia o nome de Deus. Pronunciar o Inefável é dizer a Palavra Perdida.



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Os Graus Superiores do Rito Escocês Antigo e Aceito

A escalada hierárquica dos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito é dividida aprioristicamente em dois grupos de Graus: o Simbolismo, que contempla os Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, Graus estes administrados pelas Potências Simbólicas (Grandes Lojas ou Grandes Orientes), e os Altos Graus ou Graus Superiores, que, divididos em quatro grupos, compreendem os Graus de Perfeição ou Inefáveis (4 ao 14), os Graus Capitulares (15 ao 18), os Graus Filosóficos (19 ao 30) e os Graus Administrativos (31 a 33), que são administrados pelos Supremos Conselhos do Rito.
Os Altos Graus são transmitidos pelas Oficinas ou Corpos Subordinados de duas maneiras: Iniciação e Comunicação. São transmitidos por Iniciação nos Corpos Subordinados os Graus 4, 9, 14,15,18,19, 22, 28, 30, 31 e 32. O Grau 33 é transmitido apenas pelos Supremos Conselhos. Os demais são transmitidos por comunicação nos Corpos Subordinados. Apenas como reforço do que foi muitas vezes explicado anteriormente, esclarecemos que, ao nos referirmos aos Graus do 4 ao 33, devemos utilizar a expressão "Altos Graus", nunca "Filosofismo", pois esta é pejorativa. Posto este prólogo, vamos estudar cada grupo de por si.


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Grau 3: Mestre Maçom

Trata-se do terceiro e último Grau do Simbolismo. Para muitos Irmãos, principalmente para os adeptos dos três Graus, é o coroamento final do aprendizado maçônico. Nas Potências ou Obediências Simbólicas é o Grau em que é concedida ao Iniciado a plenitude dos direitos maçônicos e obviamente a contrapartida dos deveres maçônicos.
O Grau é muito esotérico e é dedicado inteiramente ao espírito.
Neste Grau aparece pela primeira vez a pregação de uma doutrina através de uma lenda. Trata-se da Lenda de Hiram. Ei-la:

Prosseguiam os trabalhos de construção do Templo de Jerusalém, que eram dirigidos e coordenados por um triângulo composto dos seguintes personagens: Salomão, Rei de Israel; Hiram, Rei de Tiro; e Hiram Abi, artífice e especialista na arte de fundição em bronze, filho de uma viúva da tribo de Neftali.
Segundo suas aptidões e conhecimentos os trabalhadores eram divididos em três categorias — Aprendizes, Companheiros e Mestres, recebendo salários equivalentes aos postos.
Quando a construção encontrava-se adiantada e prestes a acabar, alguns Companheiros, desejosos de retornar às suas pátrias, portadores da dignidade que lhes conferiria o título de Mestre, mas não tendo capacidade para adquiri-lo por seus próprios méritos, arquitetaram um plano de conseguir as Palavras de Passe, que lhes dariam a possibilidade de freqüentar a reunião dos Mestres, a Hiram Abi.
No meio da intentona, a maioria deles desistiu, restando três maus Companheiros que estavam firmemente decididos a levar adiante o traiçoeiro plano. Eram eles: Jubelas, Jebelus e Jubelum.
Penetraram no Templo à noite e foram ocupar, respectivamente, as portas do Sul, do Ocidente e do Oriente, onde aguardou Hiram terminar suas Orações. Hiram sai pela porta do Sul. Jubelas intercepta-o, exigindo a Palavra de Passe. Hiram nega, alegando que dois motivos o impedem de transmiti-la. Primeiro porque havia jurado que só em presença dos reis de Israel e de Tiro, além de Hiram, é que a Palavra poderia ser transmitida. Segundo, porque o Companheiro solicitante não tinha qualidades para recebê-la. Raivoso, Jubelas dá-lhe uma pancada com a Régua, cortando-lhe a garganta.
Hiram corre para a porta do Ocidente para fugir à agressão, mas ali encontra Jubelas, que lhe faz a mesma intimação. Recebendo a mesma resposta, aplica em Hiram um golpe com a ponta do Esquadro sobre o peito.
Ferido, Hiram corre para a porta do Oriente, onde Jubelum dá-lhe implacável pancada com o Maço sobre a cabeça, prostrando-o morto.
Os três maus Companheiros escondem o corpo do Mestre e fogem.
Sentidas as ausências nos trabalhos, Salomão desconfia da ocorrência e expede diligências para esclarecer as dúvidas. Os três maus Companheiros são descobertos e a conversa deles sobre o crime é ouvida, sendo os três presos e levados a Salomão, que os condena à morte, segundo sentença que eles mesmos haviam pronunciado. O Corpo do Mestre Hiram é descoberto, pois o sepulcro estava assinalado por um ramo de Acácia.
Com Hiram Abi morto e preservando o Juramento que haviam feito, ficaram perdidas as Palavras e os Sinais de Mestre. Para solucionar o problema, Salomão determinou que as primeiras palavras a serem pronunciadas ao descobrir-se o corpo de Hiram Abi e os primeiros Sinais realizados passassem a ser os novos Sinais e Palavras de Mestre.
No simbolismo maçônico, o grau de Mestre representa o Outono da vida, estação em que o Sol termina o seu curso e morre para renascer: é a época em que o homem recolhe os frutos do seu trabalho e de seus estudos. É o emblema que indica a compreensão das lições de Moral que a vida ensina e a experiência que se alcança.
O Mestre deve ser um todo harmonioso. É a meta que deve procurar todo Maçom. É o mérito do Iniciado de ter atingido este desenvolvimento que o constitui dentro da verdade como um ser intelectual.
O Terceiro Grau maçônico: o Grau de MESTRE é o complemento necessário dos dois primeiros. Se não existisse, a cumeeira do edifício faltaria e a Maçonaria Especulativa não seria outra coisa senão uma irrisória caricatura da Maçonaria Operativa.
O Mestrado conduz a novas sínteses. O Aprendiz dedicou-se ao trabalho material do desbaste da "Pedra Bruta". O Companheiro ao trabalho intelectual que implica na realização da "Pedra Cúbica". Ao Mestre não pode ser atribuído senão o trabalho espiritual. A sua missão é derramar a luz e reunir o que está esparso.
O Mestrado não é um dom. É uma conquista. É a vitória do homem sobre si mesmo. O Mestre deve se esforçar por enxotar o velho homem, isto é, por eliminar paciente, mas definitivamente, todos os erros, as antíteses, as contradições de costumes e usos de nossa civilização, a fim de edificar sobre um terreno novo o ser superior que o colocará em comunicação com as regiões de igual natureza.
O Mestre não deve esquecer que, em sua ascensão para a espiritualidade o pensamento é uma força soberana, guiada com bom-senso e lógico. Convém ter sempre no espírito a meta de atingir e concentrar os seus desejos, os seus pensamentos e os seus atos para um mesmo ponto de vista dirigido com amor para uma ordem de coisas, mais perfeita, para as múltiplas definições do Bem, do Belo e do Verdadeiro.
O Mestre Maçom deve celebrar o companheirismo que amálgama os Irmãos pelo esquadro e pelo compasso, animados não somente pelos feitos dos nossos antepassados, mas também, pela vontade de superar obstáculos de hoje e do porvir.
Ser Mestre significa ser Mestre de si mesmo, trabalhar com inteligência e força de vontade em si mesmo, no seu próprio aperfeiçoamento, tendo sempre em mente o fato de que nada mais somos do que simples aprendizes, mesmo que nos denominemos Mestres.
Ser Mestre é aceitar que não nos pertencemos, mas à coletividade e que por isso mesmo sua inteligência e sua vontade devem estar sempre a serviço dessa coletividade.
Ser Mestre é acender luzes pelo caminho por que passa luzes de amizade e sabedoria, de bondade e justiça, de harmonia e compreensão, de solidariedade e fraternidade.
Ser Mestre é não se considerar juiz dos defeitos e erros dos outros, mas saber compreender e perdoar.
Ser Mestre é saber aceitar um conselho, para ser ajudado.
Ser Mestre é retribuir com ternura aos que o odeiam.
Ser Mestre é ser perfeito nas mínimas realizações.

1 - Decoração da Loja de Mestre Maçom

O Templo para os Trabalhos do Grau de Mestre Maçom ou Câmara do Meio é basicamente o mesmo destinado aos Trabalhos de Aprendiz e Companheiro Maçom, executando-se as seguintes alterações: as paredes, as mesas e os altares são forrados de negro.
Nas paredes há grupos entremeados de caveiras com tíbias cruzadas e conjuntos de três, cinco e sete lágrimas prateadas.
O Templo é iluminado por nove velas de cera amarela, sendo três na mesa do Respeitabilíssimo Mestre e três em cada uma das mesas dos Venerabilíssimos Vigilantes.
Pendente no teto, uma lâmpada com uma luz votiva sobre o centro do Templo.
No centro do Templo, um esquife coberto com um pano preto, e, sobre este, um Ramo de Acácia.
Os instrumentos de trabalho de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom estão espalhados pelo chão.
Tudo deve lembrar luto, morte e consternação. Os Malhetes trarão um laço de crepe negro.

2 - Mistérios do Grau de Mestre Maçom

PALAVRAS

SAGRADA - M. (derivação de Moabita)

PASSE - TUB. (trabalhador de pedra)

NOME DO MESTRE - GABAON (derivação de Gabaonita)

SINAIS
-DE ORDEM -PP. em esq. P. do p. dir. voltada para o eixo de marcha. Br. esq. Caído naturalmente ao longo do corpo. Br. dir . dobrado em esquadria. M. dkv. aberta em esq . sobre o plexo solar.

- VENTRAL - Ou Saudação - Levar a mão direita horizontalmente para a direita e deixá-la cair naturalmente ao longo do corpo.

- DE HORROR- Levantar os dois br., m m., espalmadas, deixando-os em seguida cair sobre as coxas dizendo: OH! SENHOR MEU DEUS!

- SOCORRO - Juntar as m m. entre 1., pai. para cima, sobre a cabeça, exclamando: A m. OO. FF. DA VIÚ. à aproximação do interlocutor, ou:
- Colocar a m. fech. sobre a t. e à aproximação do interlocutor abrir os dedos indicador, médio e anular, progressivamente, dizendo: S/.,C. e J..

IDADE - o -

TEMPO DE TRABALHO - Do meio-dia à meia-noite.
MARCHA - Executa-se a Marcha de Aprendiz Maçom, mais a do Companheiro Maçom. Ao findá-la, desfaz-se o Sinal de Companheiro Maçom e com o p. dir. volt. um passo alongado para a dir. Juntando o esq. executa-se idêntico movimento, com o p /. esq. para a esq.
Novamente com o p. dir. dá-se o último movimento para a dir.. São três passos elevados como se passasse sobre um objeto oblongo. A Marcha do Mestre é geométrica ou espacial.

BATERIA - Nove pancadas espaçadas três a três (!!! !!! !!!).

3 - Pontos Perfeitos do Mestrado

Os cinco Pontos Perfeitos do Mestrado são resultado do processo pelo qual o corpo de Hiram Abi foi levantado da sepultura. É somente através deles que se transmite a Palavra de Passe do Grau de Mestre Maçom. Ei-los:
MM . unidas em g . - significando a união indissolúvel existente entre todos os Mestres Maçons. Pr/, unido a pp. - significando que os Mestres Maçons caminham juntos para um só ideal. Joe. unido a joe. - significando que os Mestres Maçons rendem o mesmo culto ao Grande Arquiteto do Universo.
P . unido a p . - significando que os corações dos Mestres Maçons abrigam os mesmos sentimentos. M. esq. sobre o o/, dir., significando a mútua proteção que devem guardar entre si os Mestres Maçons. Nesta posição é que é transmitida a Palavra Sagrada, dada silabada no ouv. esq..

4 - Insígnias do Mestre Maçom

O Avental é de pele ou tecido branco, orlado de vermelho, de formato quadrangular e abeta triangular abaixada. Contém três rosetas da cor da orla, sendo duas no corpo e uma na abeta.
Todos os Mestres Maçons usarão uma fita cor azul-celeste, a tiracolo, da direita para a esquerda, tendo pendente uma Jóia, que é um Esquadro e um Compasso. Trarão à cintura uma Espada.
As Luzes, Oficiais e Dignidades usarão ainda um colar com a Jóia do cargo pendente sobre o peito.
As Luzes usarão punhos bordados com as Jóias dos respectivos cargos.
Todos usarão chapéu de feltro mole e negro desabado sobre os olhos e estarão trajados de preto, preferencialmente de Balandrau. O Respeitabilíssimo Mestre usará um de veludo negro.


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