quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

AS TRÊS ROSETAS


Rosetas são assim denominadas as pequenas peças rosa de fita que adornam o avental do Mestre Maçom. Não se sabe bem como elas apareceram. 
No Século XIX foram adotadas para diferenciar os graus dos Irmãos, pois, antigamente, todos se revestiam de um simples avental  branco. Segundo Bernard E. Jones autor do livro “Freemason’s Guide and Compendium” -  editado pela George Harrap & Co. Ltd. - Londres - 1963: “Não há qualquer significado nas rosetas. Contrariamente a tudo aquilo que  foi escrito sobre o assunto. Refere-se a posição do sol, durante o seu percurso diurno, emblematizando também o Oriente, o Meio-dia e o Ocidente, ou seja, as posições que ocupam as três Luzes em Loja”. Também vamos encontrar que as rosetas, se simbolicamente entrelaçadas, como três anéis formam a trindade, onde se encontra o setenário. Nesta linha de raciocínio, teremos a representação muda e invocadora de conceitos filosóficos, cuja exposição forneceria matéria que fossem digitadas diversas páginas... 

O primeiro Círculo de Ouro - SOL, o centro imutável de onde irradia toda a atividade. Espírito que anima a matéria. O Enxofre dos alquimistas. O Fogo interior, individual. Elemento gerador de cor rubra: sangue, ação, calor e luz.

O segundo Círculo de Prata - LUA, astro variável, espelho receptivo de influências; molde prático que determina toda a formação. Substância passiva esposa do espírito. O Mercúrio dos Herméticos, veículo da atividade espiritual que penetra em todas as coisas. Espaço, cor azul: ar, sentimento, sensibilidade.

O terceiro Círculo de Bronze ou de Chumbo - SATURNO, Deus precipitado do Céu, que reina sobre o que é pesado, material, materialidade, positivismo, energia material. Cor amarela tendente a obscurecer-se, passando ao cinzento e ao negro, arcabouço ou carcaça óssea: base sólida de toda a construção; rocha que fornece pedra bruta; ponto de partida da Grande Obra. 

Passemos a algumas analogias... Que chamaremos de interferências numéricas... - Interferência de 1 e 2 O Filho, nascido na união do Pai e da Mãe. Júpiter, oposto a Saturno, por Ele destronado, corresponde à espiritualidade. É ele que ordena e decide, projetando o raio, a centelha da Vontade. Cor de púrpura ou violeta (complementar da amarela); idealismo, consciência, responsabilidade, auto direção. No Espaço Central, no qual as três cores primitivas se sintetizam na luz branca. Estrela Flamejante, Mercúrio dos Sábios, quinta-essência. Fluído de atração, grande agente do magnetismo. - Interferência de 2 e 3  Vênus, a vitalidade, o orvalho gerador dos seres. Cor verde: doçura, ternura, sensibilidade física. - Interferência de 1 e 3 Atividade material. Marte, necessidade de ação, maturidade que despende e consome a energia vital. Fogo devorador, cor de chama, amarelo- vermelho-escarlate; instinto de conservação, egoísmo, ferocidade, mas também, potência inquebrantável de realização.
Assim esboçado, encontra-se até nos sete pecados capitais, suja distinção se funda em dados iniciáticos: - Orgulho - prejudicial quando oriundo de uma vaidade frívola, ligado ao Sol, porque como ele, ofusca os fracos. - Preguiça - proveniente da passividade lunar, enlanguescida em inércia abusiva. -Avareza - vício essencial dos saturninos, previdentes e prudentes em excesso. - Gula - própria dos jupterianos, indivíduos hospitaleiros e generosos, que cuidam muito do próprio “eu”. -Inveja - tormento dos mercurianos, agitados, que jamais se satisfazem e não podem deixar de ambicionar aquilo que não possuem. - Luxúria - proveniente do exagero das qualidades de Vênus. - Cólera - enfim, que é o defeito de Marte, exaltador da violência e dos transportes.
Observemos que 1 se opõe a 6, 2 a 7 e 3 a 4,  enquanto que 5 a nada se opõe, assegurando o equilíbrio geral. Imaginando-se que fosse suprimido um só desses pecados capitais, o equilíbrio do mundo material romper-se-ia. Nada demonstra melhor a importância deste setenário, tais como o concebem os iniciados. Setenário indicativo do caráter de um ser humano na escalada das sete forças ou virtudes emparelhadas com os sete vícios ou debilidades das quais constituem uma evolução ou superação.
O número sete encontra-se em toda parte: na Religião, na História, na Física etc. Está nos sete dias da criação, nas sete cores do arco-íris, nos sete sons da escala musical, nos sete vícios, nas sete virtudes, nos sete planetas etc. sendo, portanto um número privilegiado. Domina no Apocalipse. É o número misterioso, cabalístico e simbólico.
                                                                                                                    
                         
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