segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Jacques Demolay

Jacques DeMolay, cujo exemplo de vida não conseguiu sepultar na pequena ilha do Rio Sena, onde seu corpo foi queimado.

Nascido no ano de 1244 em Vitrey, na França pautou a sua existência em princípios éticos que distinguiam dos demais e que realçavam a sua inteligência, educação e as habilidades inerentes para a prática do bem.

Já aos 21 anos, ingressa na Ordem dos Cavaleiros Templários, entidade sancionada e reconhecida pelo Papa e pelo seu Conselho da Igreja, e cuja finalidade era vigiar a estrada entre Jerusalém e Acro, o porto de Jerusalém no Mediterrâneo.

Imensamente popular, já que apoiada pela Igreja, a Ordem dos Cavaleiros Templários, cuja denominação original era "Pobres Soldados de Cristo", destacava-se pela abundância de recursos, ricas propriedades e, em conseqüência, atraia filhos de nobres e príncipes, notadamente da Inglaterra, França, Espanha e Alemanha.

A valentia dos seus integrantes angariava a simpatia de todos que acompanhavam as numerosas cruzadas, através das quais consolidavam o nome da Ordem, reconhecida sempre pelo heroísmo.

Jacques DeMolay estava presente nessas ações, destacando-se pelos princípios abraçados.

Em 1298 era eleito Grão Mestre, assumindo o cargo que o colocava, em muitas das vezes, acima dos grandes lordes e príncipes. Todavia, a situação para cristandade no Oriente não era boa. Os infiéis sarracenos haviam conquistado os Cavaleiros da Cruzada e capturados a Antíoqua, Tripoli, Jerusalém e Acro. Para enfrenta-los, restavam apenas os Cavaleiros Templários e os Hospitaleiros. Debilitados pelos problemas que afetavam a cristandade, os Templários não demonstravam mais o vigor de outrora e se estabeleceram em Chipre na esperança de uma nova Cruzada. As esperanças de auxílio europeu foram frustradas, a dura realidade mostrou a sua face: o espírito das Cruzadas havia se extinguido.

Recolhidos em suas grandes casas, suas ricas propriedades e guardando seus tesouros de ouro. Os Templários despertavam o desejo de guerra com os inimigos poderosos e, já sem ajuda popular, despertaram a cobiça de Felipe, o Belo, Rei da França, que almejava uma união para assumir o controle total do poder. Sem sucesso, Felipe reconheceu que deveria destruir as Ordens e conseqüentemente evitar o aumento do poder do Sumo Pontificado. Investiu com regulamentos secretos para aprisionar todos os Templários. DeMolay e centenas de outros Templários foram presos e atirados em calabouços. Começando um período que prolongaria por sete longos anos de celas úmidas, frias e torturas desumanas. Não bastassem os cruéis castigos, o Rei Felipe consegue ainda que o Papa Clemente apoiasse a condenação da Ordem e promoveu a transferência das suas propriedades e riquezas para outros donos. Na pior das suas investidas, Felipe insistia na traição de Jacques DeMolay aos seus companheiros. Este, apesar do cavalete e de suas outras torturas, não cedeu.

Em vão resistiu Jacques DeMolay, fiel aos seus princípios que o haviam levado ao comando da Ordem. Uma confissão forjada o levou a condenação. Sua negativa ante a sentença proferida. Segundo os costumes da época, deveria ser punido a morte. Era o que desejava o rei Felipe, que não obstante a disposição da comissão julgadora pelo adiamento de decisão, ordenou que os prisioneiros fossem queimados naquela tarde. Assim quando os sinos da catedral de Notre Dame de Paris tocavam ao anoitecer do dia 18 de março de 1314, Jacques DeMolay era queimado vivo no pelourinho, numa pequena ilha do Rio Sena. Ao relembrar-nos este episódio o faremos na certeza de que apesar do corpo de Jacques DeMolay ter tombado naquele dia, o espírito e as virtudes desse homem, para que a Ordem DeMolay foi denominada, viverão para sempre.


A Ordem DeMolay foi considerada pela Organização das Nações Unidas - ONU - como organização não-governamental de importância fundamental, pois trabalha alicerçada na máxima de que educando-se o jovem estaremos nos eximindo da tarefa de castigar o adulto.

Foi trazida para o Brasil, em 1.980, pelo Maçom Alberto Mansur, que fundou o Capitulo Rio de Janeiro, em 16 de Agosto de 1980, e teve como primeiro Mestre Conselheiro o Demolay Jorge Mansur. Em 12 de Abril de 1985, é fundado o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, dando soberania à Ordem no país. Com cerca de 700 capítulos e mais de 100 mil jovens iniciados com 30.000 DeMolays ativos.


Fontes: demolay.org.br
            pt.wikipedia.org
            demolaybrasil.org
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terça-feira, 20 de setembro de 2011

DeMOLAY - A História

Um acidente aconteceu numa caçada em 1919, em Kansas City, Missouri, Estados Unidos da América, deixando sem pai uma família na qual Louis Lower era um menino entre 13 e 19 anos. Após o falecimento de seu pai, Louis Lower transferira a figura de seu pai ao amigo da família, o Maçom Frank Sherman Land, com o qual buscava constantemente conselhos e orientações, a quem pediu seu primeiro emprego.

Após constantes conversas com Lower, Frank Land reconheceu que o desejo do rapaz de atenção paternal não era limitado somente a ele, mas que se estendia a inúmeros outros jovens que tivessem pais ou não. Surgiu para Land, então, a idéia de formar uma Organização Juvenil que proporcionasse e devido treinamento e guia para uma melhor cidadania, uma organização de jovens que proporcionasse elevados valores patrióticos.

Tio Land disse a Lower o seu pensamento, solicitando sua ajuda para formar um clube de rapazes, pedindo que ele convidasse alguns amigos de Escola Secundária para uma reunião. Eles iriam organizar o clube. Foi em fevereiro de 1919 que Louis Lower e oito de seus amigos se reuniram num templo Maçônico com Frank Sherman com a finalidade de formar uma nova organização de jovens. Nunca nenhum deles poderia sonhar, menos ainda Frank, que no espaço de 40 anos o Movimento estaria ativo em 14 países e territórios tendo assim iniciado centenas de milhares de rapazes e algumas personalidades mundiais.

A inspiradora idéia de formação de um clube jovem de cunho educacional foi muitíssimo bem recebida por todos os nove rapazes. Surgiu então a questão de como chamar essa nova organização. Frank citou vários nomes famosos, porém nenhum agradava os rapazes de modo especial. Um dos jovens sugeriu que por estarem num Templo Maçônico, alguma figura histórica ligada à maçonaria deveria ser lembrada.

Aceita, por uma determinação do destino, a sugestão tomou corpo quando Land mencionou o nome de Jacques DeMolay. Este nome cativou imediatamente cada um dos jovens. Quando eles ouviram que DeMolay fora o último Grão Mestre dos Cavaleiros Templários e morrera como um Mártir da lealdade e tolerância, eles unanimemente concordaram que DeMolay seria a escolha, usando a pronúncia inglesa. Em 18 de Março de 1919, os noves jovens com 24 de seus amigos reuniram-se novamente no Templo Maçônico, organizando oficialmente a Ordem DeMolay, com o número ideal de 33 jovens. Foi somente 20 anos mais tarde que Frank Land descobriu que 18 de Março era aniversário de morte de Jacques DeMolay, em 1314.

Na segunda reunião, Louis Lower foi o primeiro a fazer a promessa DeMolay sobre a Bíblia que Land havia recebido em St. Louis quando tinha 12 anos, por ter freqüentado a Escola Dominical durante 10 anos consecutivos. Os primeiros oito DeMolays prestaram uma homenagem a Lower. Tio Land sempre dava sugestões valiosas quando precisavam nas reuniões, em especial em uma das primeiras reuniões, em que alguém sugeriu limitar o número de integrantes a 75. "Tio Land" explicou que seria egoísmo pois a organização deveria ser boa para todos, não para alguns. As palavras de Tio Land pareciam ter atuado como a luz verde, pois em menos de 1 ano, o Capítulo "Mãe do Mundo", em Kansas aumentou para o número de 3000 jovens iniciados.

O Ritual DeMolay foi escrito pelo Maçom e Jornalista Frank Marshall na primavera de 1919, e permanece inalterado até hoje, exceto por poucas palavras. A organização tornou-se também bem sucedida e conhecida por serviços de caridade, treinamento da cidadania e atividades sociais sadias. A Ordem DeMolay realmente assegurou-se uma história imortal de sucessos, através de seu trabalho para treinar líderes e garantir um mundo melhor para o futuro.

Em menos de um ano o Capítulo Máter da Ordem já possuía 3.000 membros. Em 1923, apenas quatro anos após a sua fundação. Em 1934, o Presidente Norte Americano Frankilim D. Rooservelt foi nomeado 1º Grande Mestre de Honra da Ordem DeMolay Internacional.




Fontes: demolay.org.br
            pt.wikipedia.org
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Glossário de Termos Administrativos Usados em uma Loja Maçônica

Acórdão - decisão coletiva dos tribunais.

Ad hoc - (locução latina) - para o caso; para tal fim.

Agenda - registro diário de atividades.

Adiamento da discussão - proposta usada para que não se proceda, de imediato, a discussão de uma matéria. O adiamento da discussão deve ser pedido antes de a mesma ser iniciada. O Orador da loja poderá requerer o adiamento da discussão sempre que julgar insuficientemente debatida ou esclarecida a matéria em discussão. O simples requerimento do Orador adia automaticamente a discussão.

Adjunto - oficial que substitui o titular de um cargo. Pode ser eleito ou nomeado; não confundir com aquele que o substituto eventual (ad hoc).

Ad nutum - diz-se da demissibilidade do ocupante de um cargo, que depende só da vontade de quem o nomeou, sem precedência de causa justificativa.

Aplausos - em maçonaria, os aplausos expressam alegria, felicidade e satisfação. Existe, porém, certo número de pancadas dadas com as mãos e correspondentes a cada grau, que são chamadas de: bateria.

Balaustre - é a denominação dada à Ata da sessão. Em alguns rituais não mais encontraremos o uso de tal termo.

Candidato - genericamente, diríamos que candidato é todo aquele que aspira uma vaga na maçonaria. Este é nome dado ao profano e, que recebe várias denominações antes de ser considerado um Aprendiz Maçom. Vejamos:
candidato - desde que assina o pedido até ser escrutinado. postulante -quando a Loja aceita o seu pedido, até o momento em que passa pelas provas iniciáticas. aspirante ou recipiendário –a partir do momento em que passa pelas provas iniciáticas. neófito - quando é proclamado no final das provas. aprendiz -nofinal do discurso do Orador.

Coluna gravada - assim denominado o que foi depositado no Saco de Propostas e Informações.

Defeso -proibido, vedado.

De plano - (locução latina) - imediatamente, sem formalidade alguma, estudo ou exame prévio.

Edital - ato escrito, divulgado e afixado, em lugar público, com determinação ou aviso emanado de uma autoridade competente.

Ex-officio - (locução latina) - por dever do cargo, oficialmente.

Interino - diz-se de quem exerce, por algum tempo, as funções de certo cargo, suprindo a falta ou impedimento do titular efetivo. O interino está muito mais para ad hoc do que para adjunto.

Livro - encontramos referências quanto a existência de vários livros na maçonaria, com utilidade e denominações específicas. Os mais conhecidos são:

Amarelo – onde registramos os nomes dos candidatos rejeitados por motivos que não sejam de ordem moral. negro - destinado a registrar os nomes dos candidatos rejeitados por motivos morais e os
Irmãos expulsos da Ordem por sentença passada em julgado. De presença – onde assinam os membros, antes de assistirem às reuniões.

Da Lei-também denominado: Volume da Lei Sagrada, Livro da Verdadeira Luz, Livro da Sabedoria, etc. É obrigatória a sua presença sobre o Altar dos Juramentos em todas as reuniões ou sessões maçônicas.

Curiosamente, ao fazermos a pesquisa, encontramos outros, não muito conhecidos. Entre os quais, mencionamos: das máximas – que contém as regras e os preceitos aos quais o Maçom deve ajustar os seus atos em todas as circunstâncias da vida. Eloqüência - destinado à transcrição dos trabalhos apresentados em Loja. Das constituições - destinado às Constituições e os Regulamento Gerais adotados por cada Potência. De arquitetura - no qual são registradas as atas das sessões da Loja e que permite seguir-lhe a história desde a sua origem, o que é de excepcional valia para os historiadores.

Ne varietur - termo latino que na maçonaria define a assinatura do maçom. Observa-se que o termo, paulatinamente, vem sendo retirado dos usos e costumes maçônicos.

Ordem do Dia - Conjunto de matérias a apreciar em determinada reunião. Temário, súmula ou pauta dos trabalhos.

Peça de arquitetura - todo e qualquer escrito que se apresenta em Loja por algum Irmão.

Placet - termo latino que significa petição judicial. Em maçonaria é usado com o sentido de autorização para iniciar, filiar, regularizar etc.

Placet ex-offcio - sanção imposta a maçom, por infração da lei ou de regulamentos administrativos. É o meio pelo qual a Loja reage contra o fato anti-social que a lei punitiva define como infração e desliga um membro de seu Quadro, expedindo-lhe o documento de desligamento.

Quite placet - (locução latina) - em maçonaria é o nome dado ao documento que se expede em favor do Irmão que solicita desligamento de uma Loja. Neste documento se declara que o mesmo está quite com os cofres da mesma, está regular e no gozo de seus direitos maçônicos. A validade do quite placet varia de acordo de Potência pra Potência; findo o prazo de validade, o seu portador não tendo se filiado a nenhuma Loja, será considerado irregular.

Sob malhete - esta expressão significa que a proposta está com o Venerável.

Tumulto - ausência completa de ordem. O Venerável deve suspender a reunião até que as condições de trabalho voltem à normalidade.
Voto de qualidade - em alguns grupos o presidente não vota. “Quando o Venerável já deu seu voto e se constata empate, ele votará novamente, sendo o segundo voto denominado voto de qualidade ou voto de minerva”.



“Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras.
                                   Cuidado com as palavras: elas se transformam em ações. 
Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. 
Cuidado com seus hábitos: eles moldam seu caráter. 
Cuidado com seu caráter: ele decidirá seu Destino.”
(autor desconhecido)




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