segunda-feira, 30 de maio de 2011

Grau 22: Cavaleiro do Real Machado

Também chamado de Príncipe do Líbano, o Grau 22 pertence à categoria dos Graus herméticos, onde o esoterismo e o misticismo são acentuados.
A lenda do Grau remonta ao Líbano e lembra a utilidade encontrada pela Maçonaria para os cedros do Líbano. Os sidônios eram os encarregados dos cortes dos cedros e foram eles que produziram as madeiras para a Arca de Noé, para a Arca da Aliança e para os Templos de Salomão e de Zorobabel. Os cortadores de cedros organizaram Colégios no Monte Líbano adorando a Deus.
O Grau desenrola-se numa oficina de carpintaria onde um Cavaleiro Prussiano ou Noaquita, 21, apresenta-se aspirando ao título de Príncipe do Líbano, baseado na sua nobreza de nascimento e seu posicionamento social. Seu pedido foi rejeitado, sendo-lhe informado que deveria renunciar à sua posição social e procurar merecer o prêmio a que aspirava através do trabalho com o serrote, a plaina e o machado.
A Iniciação no Grau divide-se em quatro partes, cujos nomes são os seguintes: A Porta do Éden, No Líbano, No Banco de Carpinteiro e Sob o Machado. Após diálogos com o Venerável Chefe, o Neófito, um Cavaleiro Prussiano, Grau 21, é conduzido pelo Mestre-de-cerimônias ao Jardim do Éden, onde é colocado entre as árvores da vida e da ciência, onde se passa o drama do pecado original.
Apaga-se então a Luz do Éden e acende-se a do Templo. O Neófito sentado ouve do Venerável Chefe e do Orador a segunda parte — No Líbano. A tradição dos drusos relata que, expulso do Éden, Adão levou uma muda da Árvore da Vida que, plantada no Líbano, deu origem aos cedros. O Ritual fala da utilidade e da utilização dos cedros e do trabalho de lavrá-los com o machado. E então o Cavaleiro Prussiano levado ao Banco de Carpinteiro, que é uma sala adequadamente preparada, onde se vêem os Obreiros talhando e cortando madeiras.
O Segundo Vigilante narra a lenda que, após o término do Dilúvio, Noé criou a Ordem do Machado, pois para a construção da Arca foram cortados e preparados os mais altos cedros do Líbano. Fala que o Machado, a Serra e a Plaina são os Instrumentos de Trabalho de um Cavaleiro do Real Machado, Príncipe do Líbano, e discorre sobre a simbologia destes instrumentos.
Finda a explanação, o Neófito retira-se e os Obreiros fazem a votação, após o que o Neófito retorna ao Templo e ouve explanação do Venerável Chefe sobre o trabalho e presta o seu Juramento.


1 - Ornamentação da Loja

A Loja funciona em sala com dois ambientes. O primeiro representa a Oficina do Monte Líbano e é decorada em azul; o segundo, que é o Conselho da Mesa-Redonda, é decorado em vermelho. No primeiro, as ferramentas estão espalhadas pelo soalho, e no segundo, há uma mesa redonda sobre a qual estão colocados Compassos, Esquadros e um Plano dourado.
O Grau é transmitido por Iniciação.

2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Noé, Beseleel, Sidônio.

SINAL - Imitar o movimento de levantar o machado com ambas as mãos e dar um golpe como para cortar uma árvore pelo pé.
- Resposta: Levantar as duas mãos à altura da testa, com os dedos estendidos e deixá-los cair.

TOQUE - Pegar mutuamente as mãos um do outro, cruzando os dedos.

BATERIA - Duas pancadas igualmente espaçadas (! !).

TRABALHO - Do alvorecer ao pôr-do-sol.


3 - Insígnias do Grau do Príncipe do Líbano

Avental - Tem duas apresentações: a primeira é a de um Avental branco, tendo, no corpo, bordada, uma mesa redonda sobre a qual estão alguns planos desenrolados e Instrumentos de Trabalho. Noutra versão o Avental tem no corpo o desenho de um olho.
Fita - Da cor do arco-íris, forrada de vermelho, tendo, pendurada, a Jóia do
Grau.
Jóia - Um Machado dourado e coroado, tendo inscritas no cabo de um lado as letras L. S. A. A. C. D. X. Z. e A., e do outro lado as letras S. N. S. C. J. M. B. O. As letras do primeiro lado são as iniciais de: Líbano, Salomão, Abda, Adonhiram, Ciro, Dario, Xerxes, Zorobabel e Ananias. As do outro lado significam: Sidônio, Noé, Sem, Cam, Jafet, Moisés, Beseleel e Ooliab.
São palavras que de uma forma ou de outra estão ligadas aos Graus e ao Velho Testamento.
O Príncipe do Líbano ou Cavaleiro do Real Machado, no primeiro momento da Iniciação, está armado de um Machado e, na segunda parte, armado com uma Espada.


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Grau 21: Noaquita ou Cavaleiro Ptrussiano

O termo Noaquita deriva dos descendentes de Noé. O Grau é Bíblico-templário e relaciona-se na parte bíblica à construção da Torre de Babel, com o trágico fim de seu arquiteto, com a salvação de Noé na Arca e com o descobrimento arqueológico na Alemanha, região da antiga Prússia, de uma peça que continha gravada a história da construção da Torre de Babel.
Ocorre que os descendentes de Noé, não confiando no novo concerto com o Senhor, resolveram construir uma torre bastante alta para se pôr ao abrigo do novo dilúvio.
O Senhor, apercebendo-se das intenções do projeto, pôs a confusão na língua dos trabalhadores. Babel quer dizer confusão. Phaleg, o arquiteto da Torre de Babel, retirou-se para a região da Prússia, onde erigiu um Templo em forma de triângulo para pedir perdão a Deus.
O desenvolvimento do Grau 21 tem como escopo o combate ao orgulho, à vaidade e ao egoísmo. Phaleg parece ser lendário, como também lendária é a parte do Grau, pois é abandonada a parte bíblica para referir-se aos Juízes do Tribunal de Santa Vehme, aliás, já aludido no Grau 9.
Um cavaleiro chegado das Cruzadas encontrou suas propriedades e herança roubadas por uma transação fraudulenta. Ele apelou ao tribunal da Santa Vehme (Vehmgericht) e um julgamento secreto foi realizado à meia-noite. As provas foram aplicadas ao reclamante e o veredicto mortal da Vehme foi proclamado contra o falsário, havendo a propriedade sido devolvida ao Cavaleiro Cruzado.
Os Noaquitas somente reúnem-se de 28 em 28 dias, isto é, nas noites em que a Lua é cheia.


1 - Ornamentação da Loja

A única orientação no que diz respeito à ornamentação da Loja é aquela em que determina que a mesma não receba outra iluminação que não seja a luz natural da Lua. Por isso os Cavaleiros Prussianos só se reúnem à Lua Cheia.
2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Phaleg (arquiteto da Torre de Babel).

- PASSE - Sem, Cam e Jafet (filhos de Noé).


SINAIS

- DE ORDEM - Levantar os braços para o céu, tendo o rosto virado para o Oriente, lugar onde nasce a Lua.

- DE INSTRUÇÃO - Mostrar ao interlocutor os três dedos da mão direita levantados. Este os pega com a mão direita e diz: Frederico II, e apresenta também os três dedos da sua mão direita, que são pegos pelo primeiro Irmão, que diz: Noé!

TOQUE - Tomar o indicador da mão direita do interlocutor, e apertá-lo com o polegar e o indicador, dizendo: Sem! O interlocutor dá o mesmo toque e diz: Cam!
O primeiro Irmão repete o toque, dizendo: Jafet!

BATERIA - Três pancadas espaçadas (! ! !).


3 - Insígnias do Noaquita

Avental - O Avental é de cor e forrado de amarelo.
Fita - Fita de cor negra com as letras S.C.J. bordadas.
Jóia - Um triângulo dourado com uma flecha apontada para o vértice inferior. Usam também uma Luz prateada.


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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Grau 20: Soberano Príncipe da Maçonaria

Também conhecido por Mestre Ad Vitam ou Grão-Mestre de Todas as Lojas, um dos pontos altos do Grau 20 é relembrar a construção do Templo de Jerusalém. Lembramos que foram três os Templos de Jerusalém, construídos, profanados e destruídos; o primeiro foi o Templo de Salomão, que foi profanado e destruído pela invasão do persa Nabucodonosor. O segundo foi o Templo de Zorobabel, profanado e destruído por Pompeu, Imperador Romano. O terceiro foi o Templo de Herodes, construído pelo Governador de mesmo nome e mandado destruir pelo Imperador romano Tito, no ano 70 da nossa era. Neste Grau referimo-nos à reconstrução do Templo de Jerusalém feita por Zorobabel; portanto, o segundo Templo, cuja história é referida no Grau 15 - Cavaleiro do Oriente ou da Espada, sob as ordens dos reis persas Ciro e Dario.
Este é um Grau Bíblico-templário e a sua lenda refere que os caldeus instituíram no deserto as escolas de tribunos-oradores, cuja incumbência era procurar a verdade e que destas tribunas tiveram origem as diversas doutrinas, como os filósofos, os cabalistas e os Maçons.
Segundo Nicola Aslan este Grau ocupa-se da redenção das massas pela pregação da verdade. O Grau é concedido por comunicação.
1 - Ornamentação da Loja

O Templo é decorado nas cores azul e amarelo.


2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS -

SAGRADA - Rasah Betsijah ou Jehovah (conforme o Ritual).

- PASSE - Jeksan
- Resposta: Stolkin.
SINAL - São quatro os Sinais do Soberano Príncipe da Maçonaria:

- PRIMEIRO SINAL - É o Sinal das Quatro Esquadrias. Pôr a mão direita sobre o coração com os dedos unidos e o polegar afastado (formam-se duas esquadrias; uma com os dedos e a outra com braço e antebraço). Pôr a mão esquerda sobre os lábios, dedos estendidos e polegar afastado (forma a terceira esquadria). Unir os calcanhares em esquadria. Forma-se aí a quarta esquadria.

- SEGUNDO SINAL - Colocar-se de joelhos, encostando os cotovelos no chão, prostrando a cabeça um pouco inclinada para a esquerda.

- TERCEIRO SINAL - Cruzar os braços sobre o peito (como no sinal do Bom Pastor), os dedos estendidos, os polegares em esquadrias (duas esquadrias) e os pés unidos pelos calcanhares em esquadria.

- SINAL DE INTRODUÇÃO- Erguer o braço direito diante da cabeça como para defender-se de um golpe (com Espada). Encontrando-se as Espadas, cruzam-se e formam a Abóbada de Aço.

TOQUE - Os Irmãos pegam-se mutuamente com a mão direita o cotovelo do braço direito, apertando-o por quatro vezes. Depois, correr a mão ao longo do antebraço e pressionar com o indicador na ligadura do punho direito.

BATERIA - Três pancadas por uma e duas (! !!).




3 - Insígnias do Soberano Príncipe da Maçonaria

Avental - De cor amarela e forrado de azul. Segundo alguns autores, não há
Avental neste Grau.
Fita - Duas fitas cruzadas sobre o peito. Uma amarela e outra azul.
Jóia - Um Triângulo de ouro sobre o qual existe gravada a letra R.


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Grau 19: Grande Pontífice

Também conhecido por Sublime Escocês, este Grau inicia a escalada hierárquica dos Graus Filosóficos que vão do 19 ao 30.
O Grau remonta ao Apocalipse de São João, exatamente no trecho em que é dada a visão da Nova Jerusalém ou Jerusalém Celeste (Apo. 21).
Arrebatado em espírito da ilha de Patmos, na Grécia, onde cumpria exílio, João teve as visões da Revelação e, no Capítulo 21, trata da Nova Jerusalém, que é descrita com detalhes, inclusive com a Árvore dos Doze Frutos. A cidade parece baixar do céu sobre uma nuvem para esmagar a serpente de três cabeças, espécie de hidra de Lema que dominaria o Velho Universo. No Ritual, um quadro representando a Jerusalém Celeste parece baixar do céu. No centro do Templo é erguida uma montanha, à qual o candidato escala deparando-se com um precipício.
O termo pontífice é de origem latina e quer dizer construtor de pontes. Consta que Horácio Cocles, para interceptar o exército persa que estava para invadir Roma, na ponte que conduzia à cidade, resolveu contrapor-se ao inimigo numa cabeceira da ponte, ganhando tempo, enquanto seus soldados destruíam a outra. A ponte ruiu e todos os inimigos caíram no rio Tibre, tendo Horácio se sacrificado pelos seus companheiros e por Roma.
Para comemorar o seu feito, seus companheiros criaram um grupo de defesa e conservação de pontes em Roma, denominados pontífices, cujo chefe era o Sumo Pontífice.
A partir da entrada no Templo o candidato à Iniciação recebe o cetro, escala a montanha e ajuda a medir a Cidade Santa. Depois de diversos diálogos, o Cavaleiro Rosa-Cruz é informado do significado das Doze Estrelas. Após as três viagens, o Três Vezes Poderoso Mestre retorna a falar e o candidato presta o Juramento do Grau, composto de vários compromissos e propósitos. É uma cerimônia longa e complexa que traz inúmeros ensinamentos e lições.


1 - Ornamentação da Loja

O Templo representa a Jerusalém Celeste, que é o reino de Deus. E decorado em azul e com estrelas de ouro.


2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Aleluia (louvado, glorificado).

- PASSE - Emanuel (Deus está conosco).

SINAIS - Estender para frente e horizontalmente o braço e a mão direita e abaixar perpendicularmente os três dedos (mínimo, anular e médio).

TOQUE - Colocar com o interlocutor a palma da mão direita sobre a testa, dizendo o primeiro ALELUIA! - o segundo responde: LOUVAI O SENHOR! O primeiro diz: EMANUEL! E o segundo diz: DEUS NOS AJUDE! E ambos dizem: AMÉM!

BATERIA - Doze pancadas iguais por uma e uma, doze vezes.

IDADE - Prestes a não contar.

TRABALHO - No início: hora predita! No final: é a hora completa!


3 - Insígnias do Grau de Grande Pontífice

Avental - Segundo alguns autores, o Grau não possui Avental.
Outros, todavia, o informam como sendo carmesim forrado e debruado de branco, tendo no corpo as letras Alfa e Tau fenícios.
Fita - Usada a tiracolo, de cor carmesim com orla branca, tendo bordadas doze estrelas e as letras gregas alfa e ômega.
Jóia - Um retângulo dourado tendo gravado de um lado a letra alfa e de outro a letra ômega.
Faixa - Usada na cabeça por todos, de cor azul-celeste com doze estrelas douradas. Alguns autores informam que as letras são o Alfa e o tau fenício.
Indumentária - O Três Vezes Poderoso usa uma túnica comprida de cetim na cor branca. Os demais membros vestem, igualmente, uma túnica branca, porém, de linho.


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OFICINA KADOSH - Os Graus Filosóficos

Os Graus Filosóficos

Os Graus Filosóficos são aqueles Graus Concedidos pelos Conselhos de Kadosh e que estão compreendidos entre os Graus 19 - Grande Pontífice e 30 - Cavaleiro Kadosh. São transmitidos por Iniciação os Graus 19, 22, 25, 28 e 30; os demais são transmitidos por comunicação.

São os seguintes os Graus Filosóficos:
19 - Grande Pontífice ou Sublime Escocês
20 - Soberano Príncipe da Maçonaria ou Mestre Ad Vitam
21 - Noaquita ou Cavaleiro Prussiano
22 - Cavaleiro do Real Machado
23 - Chefe do Tabernáculo
24 - Príncipe do Tabernáculo
25 - Cavaleiro da Serpente de Bronze
26 - Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário
27 - Grande Comendador do Templo
28 - Cavaleiro do Sol
29 - Grande Cavaleiro de Santo André
30 - Cavaleiro Kadosh

Neste conjunto de Graus acontece uma coisa interessante, pois pela primeira vez na Maçonaria é dispensado o uso de Avental, uma vez que nos Graus 19, 29 e 30 não há a presença deles. Também os Irmãos do Grau 31, em Loja do Grau 31, não usarão Avental, bem como não existe Avental para o Grau 33.


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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Grau 18: Cavaleiro Rosa-Cruz

Também chamado de Cavaleiro da Águia Branca ou Cavaleiro do Pelicano, é um Grau especial, primeiramente pelas coisas de que trata, depois porque foi o último dos Graus nos Ritos que contam com Altos Graus.
O Rito Escocês adotou por inteiro o Cerimonial do 1- e último Grau do Rito Moderno, uma vez que o Grau no Escocesismo original, Cavaleiro Rosa-Cruz de Kilwining e Heredon, exigia muita complicação para o Cerimonial de Iniciação, inclusive uma sala com sete câmaras. O Grau pertence à categoria dos Graus Gnósticos e Superiores, sendo consagrado à vitória da luz sobre as trevas, ao Culto Evangélico e ao advento de Cristo, à encarnação do Verbo.
A Loja funciona em três salas que representam os três planos pelos quais transitam os candidatos, quais sejam a morte, o plano astral e a ressurreição. É um Grau extremamente místico e esotérico e, via de regra, só é transmitido às Quintas-feiras Santas, embora todo o Cerimonial seja inteiramente judaico. Ao final dos Trabalhos é realizada a Ceia dos Cavaleiros Rosa-Cruz, erroneamente chamada de Santa Ceia, pois é um Kidush igual ao que Cristo teve na sua Última Ceia, que passou à história como Santa Ceia. A Ceia da Iniciação é a Ceia dos Cavaleiros Rosa-Cruz.
O Kidush é uma refeição mística elaborada pelos judeus na véspera de uma festa religiosa ou na véspera do sábado.

1 – Ornamentação da Loja

O Templo Rosa-Cruz é forrado de vermelho, tendo abaixo do Dossel o Painel do Grau e o Estandarte do Capítulo. O Altar dos Juramentos fica no Santuário, à entrada. Nele está o Livro Sagrado e a Menorá (Candelabro de Sete Velas). 101para as Iniciações, o Templo é dividido em três Câmaras, a saber:
1ª Câmara
- Forrada de preto com lágrimas brancas. Sobre o Pavimento Mosaico encontram-se Colunas e utensílios de trabalho quebrados.
No Santuário, a três degraus, fica o Altar do Atersata, no primeiro degrau fica o Pramanta, instrumento feito para produzir fogo.
No Altar há uma Cruz ladeada por dois castiçais de velas amarelas, e acima do Dossel fica a Estrela Flamejante. O Altar é separado do corpo da câmara por uma cortina preta e aberta no meio. Em seguida uma mesa triangular coberta de pano preto sobre a qual está um Compasso, um Esquadro, um Tríplice Triângulo, uma Cruz de Ébano com a Rosa Mística e as letras INRI, um Avental preto com a Rosa-Cruz no centro e uma fita preta. À direita fica a Menorá, com sete velas. Há também três Colunas com resplandecentes com as palavras FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE.

2ª Câmara - É forrada de preto e representa um lugar de martírios e suplícios.

3ª Câmara - Ornamentada de folhagens, é forrada de vermelho e aparece um resplendor com a letra Iod. Há também transparentes, com as palavras: infinito, imortalidade, razão e natureza. No centro do Templo, sobre uma mesa triangular, fica o Pramanta. Isto é o que preconizam os Rituais. No entanto, a maioria das Lojas, por comodidade e custos, reduz as Câmaras para duas, o que é uma pena.


2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Dar alternadamente as letras INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus ou o fogo renova a natureza toda).

- PASSE - EMANUEL
- Resposta: PA VOBIS.

SINAIS - Três sãos os Sinais do Cavaleiro Rosa-Cruz:
- DE ORDEM - É o Sinal do Bom Pastor. Com os olhos levantados para os céus, cruzar os braços sobre o peito.

- DE RECONHECIMENTO - Mostrar o céu com o indicador da mão direita.
Resposta - Mostrar a Terra com o mesmo dedo.
-DE SOCORRO - Ficar à Ordem (com o Sinal do Bom Pastor) e cruzar as pernas pondo a direita por trás da esquerda.

TOQUE - Colocar-se um Irmão e um Interlocutor à Ordem, um defronte do outro, se saudarem inclinando-se e depois pôr mutuamente as mãos sobre o peito, sem descruzar os braços, e dizer, um: EMANUEL, outro: PA VOBIS.


3 - Insígnias do Cavaleiro Rosa-Cruz

Avental - De cetim branco com orla vermelha e forrado de preto. No corpo tem a Jóia do Grau bordada de dourado. No forro tem uma cruz bordada em vermelho.
Fita - Não utiliza fita, mas sim um colar de cor vermelha, forrado de preto, com a Jóia bordada na frente e a cruz no interior.
Jóia - A Jóia compõe-se de um Compasso aberto em 60° sobre um arco de círculos. Entre as pernas do Compasso há um pelicano alimentando sete filhotes, cujo peito sangra. Por trás do pelicano, uma cruz em vermelho, com a Rosa Mística. Na cabeça do Compasso há uma Coroa Real. A Jóia é dourada e prateada e no outro lado há uma águia.
Indumentária - O traje de todos os Cavaleiros é o preto com luvas brancas e Espada à cinta.
Na primeira Câmara, todos os Cavaleiros podem usar dalmática branca com orla de seda preta e uma cruz vermelha à altura do coração.
Durante o início da Iniciação do Grau 18, os Aventais e as fitas serão cingidos pelo avesso. Este Grau é idêntico ao Grau 7 (e último Grau) do Rito Moderno ou Francês.


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Grau 17: Cavaleiro do Oriente e do Ocidente

Este Grau ensina que, após a tomada de Jerusalém pelos romanos, os israelitas deixaram a Judéia, indo para os desertos, onde passaram a constituir a Ordem dos Essênios. O Grau é apocalíptico e na sua transmissão faz alusão ao Apocalipse de São João ou ao Livro da Revelação, sendo o primeiro dos Graus que remontam ao Novo Testamento. O Grau também é conhecido como Cavaleiro do Oriente ou do Apocalipse.
Os trechos do Apocalipse referidos no Ritual são a passagem dos quatro cavaleiros (a conquista, a guerra, a morte e a fome).
O número sete é uma constante no Ritual. Fala do Livro dos Sete Selos, das Sete Trombetas, das Sete Estrelas, dos Sete Candelabros, e sete letras têm as Palavras Sagradas e de Passe do Grau.
A ordem dos Essênios, com a especialidade na arte de curar, também faz parte da história do Grau que, enfim, descreve a história dos Cavaleiros das Cruzadas, que, ao regressarem da Terra Santa, fundam e organizam a Ordem dos Templários. Os Cavaleiros do Oriente eram aqueles que permaneciam no Oriente.


1 - Ornamentação da Loja

O Templo é da cor vermelha com estrelas de ouro. Neste Templo, reúne-se o Grande Conselho, que é a Loja do Grau.


2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Abaddon (destruição).

- PASSE - Zabulon (Céu).

SINAIS

- SINAL DE ORDEM - Coloca-se a mão direita sobre a fronte e olha-se para o ombro direito dizendo: Abaddon! Resposta: Zabulon!

TOQUE - Coloca-se a mão esquerda na direita do interlocutor, mantendo os dedos estendidos. Este coloca a sua mão direita sobre a esquerda do Irmão, olhando ambos para o ombro direito. Depois se toca com a mão esquerda o ombro esquerdo do interlocutor e este acaricia com a mão direita o ombro direito do Irmão.

BATERIA - Sete pancadas por três, por três, por uma (!!! !!! !).

TRABALHO - Do pôr ao nascer do Sol.


3 - Insígnias do Grau

Avental - De cor amarela forrada e debruado de vermelho.
Fitas - São duas: a primeira é branca, a segunda é preta da qual pende a Jóia do Grau.
Jóia - Trata-se de um heptágono dourado e prateado, tendo num lado no centro o Cordeiro deitado sobre o Livro dos Sete Selos. Em cada um dos Selos tem uma das letras B, D, S, P, H, G, F. Essas letras também aparecem nos ângulos do heptágono neste mesmo lado. No outro lado há duas Espadas cruzadas e uma balança.


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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Grau 16: Príncipe de Jerusalém

De certa forma este Grau é uma continuação do anterior, o que nem sempre acontece com os Graus Superiores. Zorobabel estava reedificando o segundo Templo e, como sabemos as nações vizinhas e principalmente os samaritanos perturbavam a construção, fazendo com que os Obreiros tivessem de trabalhar com a Trolha numa mão e a Espada na outra. Os inimigos procuravam também fazer chegar a Dario, rei da Pérsia e sucessor de Ciro, cerrada oposição, de modo a procurar colocá-lo contra os judeus e fazer parar a construção. Um grupo de embaixadores, composto por quatro Cavaleiros do Oriente ou da Espada, procurou, por meios diplomáticos, contatar Dario, para interceptar a campanha oposicionista, neutralizando-a para pedir a sua proteção aos judeus.
A princípio Dario os fez receber acorrentados, mas, ouvindo a apresentação de Zorobabel, foram soltos. Dario, ouvindo os argumentos, expediu um decreto condenando à crucificação todo àquele que interferisse com a construção. Os samaritanos submeteram-se a Israel e passaram a pagar tributos a este Estado. Para ministrar a justiça, Zorobabel nomeou cinco juízes, concedendo-lhes o título de Príncipes de Jerusalém.


1 - Ornamentação da Loja

A Loja divide-se em duas câmaras que se intercomunicam. A primeira representa a corte de Zorobabel; a segunda representa a corte de Dario. A passagem por onde é conduzido o candidato ao Grau representa o caminho da Babilônia (corte de Dario) a Jerusalém (corte de Zorobabel). A primeira sala é rosa e a segunda é vermelha.


2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Adar (nome do 122 mês). - Resposta: Esrim Schlasch (23º dia).

- PASSE - Tebeth (10Q mês) Resposta: Esrim.

SINAIS - lº fazer esquadria unindo o calcanhar direito à ponta do pé esquerdo; 2º mão direita cerrada, dedo indicador levantado como se estivesse empunhando uma Espada para o ataque; 3º estende-se o braço direito e coloca-se a mão esquerda espalmada sobre o quadril esquerdo.

TOQUE - Tomar mutuamente a mão direita e dar com o polegar, alternadamente, cinco pancadas (por uma e duas vezes por duas) na articulação do dedo mínimo. Em seguida juntar os pés direitos pelas pontas e tocarem-se os joelhos; pôr mutuamente as mãos esquerdas abertas sobre os ombros direitos, dizendo o primeiro: 20! E o segundo: 23!

BATERIA - 25 pancadas por quatro e por uma, quatro vezes.

IDADE- 25 anos completos.

TRABALHO - Começa-se ao nascer do Sol e termina-se ao meio-dia.


3 - Insígnias do Grau

Avental - De cor carmesim (vermelho vivo) debruado de branco, tendo bordado no corpo o Templo de Salomão, com um Delta à direita e um Esquadro à esquerda. Acima do Delta uma Espada e acima do Esquadro um escudo. Na abeta, uma mão segurando uma balança (Símbolo da Justiça).
Fita - De cor amarronzada com uma balança da justiça.
A Jóia é uma medalha, tendo gravada num lado a balança da justiça e no outro o Templo de Salomão.
Luvas - Os Príncipes de Jerusalém utilizam luvas vermelhas.


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Grau 15: Cavaleiro do Oriente

Jerusalém havia sido invadida pelos soldados de Nabucodonosor e o Templo de Jerusalém, construído por Salomão, foi profanado, saqueado e destruído. Os israelitas foram levados como escravos e dentre eles o rei Joconias. Passaram-se 70 anos e Ciro substituiu a Nabucodonosor no trono da Pérsia e Zorobabel, filho de Joconias, obtiveram de Ciro a libertação e autorização para os judeus reerguerem o Templo de Jerusalém.
Note-se aí que seria o segundo Templo, posto que o primeiro, construído por Salomão, havia sido destruído. Este Templo entrou para a história como Templo de Zorobabel. O Grau é bíblico e histórico. Diz a lenda que durante a invasão de Nabucodonosor alguns judeus fugiram para o Egito, onde refugiaram-se. Depois voltaram a Jerusalém onde, nas ruínas do Templo, reuniram-se em conselho. Eis que se aproxima um estranho que se faz reconhecer dando a Palavra Sagrada e identificando-se como Zorobabel. O Chefe do Conselho narrou a ele as aflições do povo e a vontade de reconstruir o Templo.
Zorobabel fez então viagem a Babilônia e conseguiram de Ciro a libertação dos judeus e a autorização para reconstruir o Templo. Inicialmente, Ciro tentou de todas as formas barganharem com Zorobabel sua autorização, com a troca por segredos, firmemente resistido por este. Ciro convenceu-se e, comovido com a firmeza de Zorobabel, deu a autorização, libertou os judeus cativos, devolveu os Vasos Sagrados do Templo que haviam sido presas de guerra e, finalmente, fez de Zorobabel Príncipe da Pérsia e governador de Judá. Zorobabel iniciou a reconstrução do Templo com sete mil operários, fato que enciumou aos samaritanos (habitantes da Samaria) que haviam construído o seu próprio Templo.
Em face deste ciúme os judeus tinham de trabalhar com a Trolha numa mão e a Espada na outra. O Grau enfatiza a resistência da razão.


1 - Ornamentação da Loja

A Loja funciona em duas câmaras, sendo uma forrada de vermelho e a outra de verde, e cada uma é iluminada por 72 luzes.
O Presidente do Capítulo tem o título de Atersata e representa Ciro, Rei da Pérsia.


2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Raphodon (Senhor consolador).

- PASSE - Jaaborom Hammain (passagem difícil das águas). A Palavra de Passe é seguida das letras L. D. P., que significam "Liberdade de Passar".

SINAIS

- DE ORDEM - Levar a mão direita ao ombro esquerdo.

- SAUDAÇÃO - Levar a mão direita do ombro esquerdo até a coxa direita, imitando o movimento de serpentear; depois, desembainhar a Espada levando-a para posição de combate.

BATERIA - Sete pancadas por uma (! !!!!!!).

IDADE - 70 anos.

ACLAMAÇÃO - "Glória a Deus e ao Soberano!"




3 - Insígnias do Cavaleiro do Oriente

Avental - Branco forrado e debruado de verde, tendo sobre a abeta uma cabeça atravessada por duas espadas cruzadas. No corpo estão três triângulo concêntricos, formados por inúmeros triângulos pequeninos.
Fita - Os autores divergem sobre a fita; uns propugnam o uso da fita, outros, do colar. A fita é verde, tendo sobre ela pintados ossos, espadas inteiras e quebradas, membros tendo o desenho de uma ponte com as letras L. D. P. A Jóia é uma Espada em formato de alfanje.
Para o colar, propugnam uma Jóia que são três triângulos concêntricos, tendo como centro duas Espadas cruzadas.
O Grau de Cavaleiro do Oriente ou Cavaleiro da Espada é transmitido por Iniciação e inicia a série dos Graus Capitulares, que culminará com o Grau 18 - Cavaleiro Rosa-Cruz.


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Os Graus Capitulares

São todos aqueles compreendidos entre os Graus 15 e 18 e concedidos por um Capítulo. Destes Graus o mais importante é o 18 - Cavaleiro Rosa-Cruz, considerado até o século XVIII como o coroamento final do Sistema Escocesista, e no qual todos os Ritos conhecidos e que possuíam Altos Graus terminavam.

São os seguintes os Graus que compreendem o conjunto dos Graus Capitulares:

15 - Cavaleiro do Oriente ou da Espada
16 - Príncipe de Jerusalém
17 - Cavaleiro do Oriente e do Ocidente, e
18 - Cavaleiro Rosa-Cruz

Destes quatro Graus Capitulares, o 15 - Cavaleiro do Oriente ou da Espada e o 18 - Cavaleiro Rosa-Cruz são transmitidos por Iniciação e os dois intermediários, 16 - Príncipe de Jerusalém e 17 -Cavaleiro do Oriente e do Ocidente, por Comunicação.
Dos Graus Capitulares, dois deles são idênticos a Graus do Rito Moderno, quais sejam, o Grau 15 do Rito Escocês é idêntico ao Grau 6 do Rito Moderno e o Grau 18, idêntico ao Grau 7.
Vamos agora estudar cada um destes quatro Graus Capitulares.


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terça-feira, 17 de maio de 2011

Grau 14: Perfeito e Sublime Maçom

Também conhecido pelos nomes de Grande Eleito ou Grande Escocês da Abóbada Sagrada de Jaime VI, ou Grande Escocês da Perfeição ou Grande Eleito Antigo, este Grau encerra a série dos Graus Inefáveis e concedidos pelas Lojas de Perfeição, que vão do 4 ao 14 e buscam encontrar a "Palavra Perdida" que é o nome de Deus. Para ir adiante o Maçom deve procurar iniciar-se num capítulo, onde galgará do Grau 15 ao 18. É um Grau Bíblico que tem parte baseada na história da sarça ardente e parte baseada na lenda de que Salomão fez construir embaixo do Sanctum Sanctorum um local para reunião dos Perfeitos e Sublimes Maçons.
No monte Horebe viu Moisés uma sarça que ardia e não se consumia (Exo. 3-1 a 22) e aproximando-se da sarça esta lhe disse: "Moisés, Moisés!" E a voz de Deus continuou: "Não te chegues para cá, retira as suas sandálias porque o lugar onde está é Terra Santa!" E disse mais: "Eu sou o Deus do teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó". Moisés escondeu o rosto porque temeu olhar para Deus. Moisés, ao se aproximar da Sarça Ardente, protegeu do calor o seu rosto com a mão direita sobre a face esquerda e com a palma para fora. Ficou sendo este o Sinal do Fogo.
Nesta aparição prometeu Deus a Moisés a libertação do seu povo do jugo egípcio e a viagem para a terra prometida, Canaã. Deus revelou a Moisés o seu próprio nome. A Iniciação do Grau 14 é demorada e o candidato é inquirido em todos os Graus adquiridos anteriormente. O candidato vai imolar as suas paixões no centro do Templo, onde há uma mesa com um machado e uma faca grande. Depois da imolação, o candidato passa por novas purificações, pela água e pelo fogo e é purificado também por uma mistura de azeite, farinha de trigo e vinho, que é passada com uma trolha na sua testa, nos seus lábios e sobre o coração. Após a Iniciação o Orador faz a leitura da Lenda do Grau, cujo resumo é o seguinte: Jubulum, Joabert e Stolkim haviam descoberto o Templo de Enoque e o Santo Nome gravado sob o novo arco sendo levado a Salomão. Este criou então o Grau de Perfeito e Sublime Maçom para recompensá-los. Após o término da construção do Templo de Jerusalém, vários Perfeitos e Sublimes Maçons dispersaram-se pelo mundo. Os maçons de Graus inferiores multiplicaram-se e perderam a unidade e os segredos dos Graus, tais como Toques, Palavras e Sinais, passaram inclusive a ser do conhecimento dos profanos. Os Maçons só queriam frivolidades e festas e as Iniciações eram feitas às pressas e sem os cuidados necessários, havendo a Maçonaria se degenerado. Só os Perfeitos e Sublimes Maçons se mantiveram livres destes problemas, conservando incólume a Palavra Sagrada, que foi guardada sob a abóbada debaixo do Sanctum Sanctorum. Salomão deu aos Sublimes e Perfeitos Maçons um anel para simbolizar a sua virtude e os compromissos assumidos. Quando Jerusalém foi invadida por Nabucodonosor, os Perfeitos e Sublimes Maçons se retiraram e, por zelo quanto ao seu segredo, destruíram a Palavra Sagrada, que a partir de então somente foi transmitida por tradição oral. O Grau bem alertava já naquela época para a eventual desvirtuação da Maçonaria, com a sua degeneração a partir da falta de seriedade nos primeiros Graus, coisa que nos acontece dias atuais.


1 - Ornamentação da Loja

A Loja representa uma abóbada subterrânea de cor vermelha e ornamentada com chamas. É iluminada por 24 luzes. No Oriente encontram-se o Altar dos Perfumes, o Altar com os 12 Pães da Proposição, uma taça de ouro e uma trolha de pedreiro, além do Altar dos Sacrifícios aludido na Iniciação. No Ocidente um mar de bronze. No Altar um Delta com o Tetragrama Sagrado.


2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

-SAGRADA - Jeová.

- Grande Palavra de Passe - Bea-Macheh Bameha-rah (Louvado seja Deus).
- lª Palavra Coberta - Jabulum (produzido pela divindade).
- lª Palavra de Passe - Schibolet (fartura e abundância).
- 2ª Palavra Coberta - Machobim (está morto).
- 2ª Palavra de Passe - El Hhanan (misericordioso).
- 3ª Palavra Coberta - Adonai (Senhor).

SINAIS

- Juramento - Levar a mão direita ao lado esquerdo e retirá-la como se fosse abrir o ventre.
- De fogo e de Ordem - Levar a mão direita aberta à face esquerda, palma para fora, e segurar o cotovelo direito com a mão esquerda.
- De Admiração e de Silêncio - Levantar as duas mãos abertas para o céu inclinando a cabeça e os olhos para cima. Levar aos lábios o dedo indicador e médio da mão direita.

TOQUES

- 1º Pegar a mão direita reciprocamente e voltá-la três vezes, alternadamente para a direita e esquerda, dizendo também, alternadamente, cada um, Berith! O outro: Neder! E o primeiro Xelemoch!
- 2º. Tomar-se reciprocamente a mão direita com a Garra de Mestre, dizendo: ides vós mais longe? Resposta: avançar a mão direita ao longo do cotovelo esquerdo do interlocutor e colocar a mão esquerda sobre o seu ombro direito. Balançar três vezes, tendo a perna direita entre as pernas do interlocutor.

BATERIA - 24 pancadas, por 3, 5, 7, 9.

IDADE - O quadrado de 9 ou 81 anos.

TRABALHO - Do meio-dia à meia-noite.


3 - Insígnias do Sublime c Perfeito Maçom

Avental - Branco forrado e debruado de vermelho vivo, com a tira azul. No corpo, o desenho de uma pedra quadrada com uma argola chumbada nela.
Fita - De cor vermelho-vivo, tendo suspensa a Jóia do Grau que é um Compasso dourado e coroado, com uma medalha no centro, tendo de um lado o Sol, de outro uma estrela com a letra G no centro. Os Irmãos estarão trajados de preto. O Grau 14 é igual ao Grau 5 do Rito Moderno.


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GRau 13 - Real Arco

Também chamado de Cavaleiro do Real Arco, é um Grau dedicado à procura do Delta Sagrado. Enoque, filho de Jarede e descendente de Adão, pela sua postura e retidão, foram recompensados por Deus com um sonho em que estava numa montanha, cujo cume elevava-se aos céus. Ali, Enoque viu uma placa triangular de ouro com a escrita do Nome Inefável. É importante salientar que o judeu não pronuncia o nome de Deus, até por não conhecê-lo. Depois, foi Enoque arrebatado por um corte de precipício no qual apareciam nove arcos superpostos e embaixo do último aparecia a mesma placa triangular. Inspirado pela visão deste sonho, Enoque quis construir um Templo embaixo da terra, sustentado pelo empilhamento de nove arcos e dedicado a Deus.
Matusalém, seu filho, construiu o Templo e Enoque fez uma placa de ouro, conforme o sonho, e a pôs debaixo do nono arco, guardada num cubo de ágata e pedras preciosas. Sabia Enoque que o dilúvio viria e, temendo que o conhecimento das artes e das ciências desaparecesse, construiu duas colunas. Uma de mármore para resistir ao fogo e outra de bronze para resistir ao dilúvio, as quais colocaram no cume da montanha onde abaixo estavam os nove arcos.
Na coluna de mármore gravou a indicação dos arcos e do precioso tesouro que encerravam. Na coluna, de bronze gravou os princípios das artes liberais. Matusalém, filho de Enoque, foi pai de Lamec, que foi pai de Noé e quem construiu a Arca, conforme Gênesis.
Com a intensidade do dilúvio a Coluna de mármore foi destruída, mas a de bronze foi conservada, salvando-se a ciência, apesar de se ter perdido a localização do tesouro de Enoque. Salomão, após a morte de Hiram, determinou a construção de um edifício-sede para a justiça, no lugar onde Enoque havia construído o seu Templo. Para tal foram retirados os escombros da coluna de mármore e a coluna de bronze e Adoniram, Joabert e Stolkin foram medir a terra. Descobriram as tampas de pedras e, sucessivamente, os nove arcos, até o último, onde estava o Nome Inefável no Delta Sagrado de ouro. Levaram o achado a Salomão e as Palavras e os Sinais que proferiram e fizeram durante o achado passaram a ser as Palavras e os Sinais do Cavaleiro do Real Arco.


1 - Ornamentação da Loja

A Loja representa o Templo de Enoque. Um subterrâneo abobadado e nove arcos sustentam a abóbada e sobre cada arco está um dos nove nomes de Deus.


2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Jeová.
- PASSE - Não tem.

SINAIS

- ADMIRAÇÃO - Levantar as mãos para o céu inclinando a cabeça para o lado esquerdo ao mesmo tempo em que coloca o joelho direito no chão.

-ADORAÇÃO - Ficar ajoelhado sobre os dois joelhos.

TOQUE - Colocar as mãos nas axilas do interlocutor como se fosse para ajudá-lo a levantar-se, dizendo: Taub-Banal, Hamelech Ghiblem. Resposta: o interlocutor faz o mesmo toque, dizendo: Jabulum.

BATERIA - Cinco pancadas por dois e três (!! !!!).

IDADE - 63 anos completos ou sete vezes o quadrado de três.

TRABALHO - Do anoitecer ao alvorecer.


3 - Insígnias do Cavaleiro do Real Arco

Avental - Há divergência entre os autores. Alguns informam que neste Grau, a exemplo de outros, não há Avental. Outros informam que o Cavaleiro do Real Arco utiliza um Avental de cetim branco forrado e debruado de vermelho. Na prática, como é um Grau concedido por comunicação, os Obreiros não adquirem este Avental, utilizando o Avental do Grau 9, como, aliás, não adquirem os Aventais dos Graus concedidos por comunicação de uma maneira geral.
Fita - Fita em cor púrpura, da qual pende a Jóia que é um triângulo dourado.
Indumentária - O Três Vezes Poderoso Grão-Mestre utiliza uma túnica amarela tendo por cima um manto azul. Os Irmãos terão as cabeças cobertas por chapéu e usarão roupas pretas.


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terça-feira, 10 de maio de 2011

Grau 12: Grão Mestre Arquiteto

Durante a construção do Templo de Jerusalém o povo passou por dificuldades financeiras, eis que a construção encontrava-se parada no segundo pavimento e havia consumido grande soma de dinheiro arrecadado por meio de tributos. Então, cada uma das doze tribos nomeia um arquiteto para representá-la num esforço de apresentação de um projeto que acabe a construção sem exigir que o povo contraia dívidas para tanto.
O 12º Grau é um Grau complicado que exige dos adeptos a explanação de 19 ciências. É ministrado por comunicação.

1 - Ornamentação da Loja

A Loja é armada de branco e com chamas vermelhas. Sobre a mesa dos três primeiros oficiais há um estojo de matemática. A Loja representa uma reunião de arquitetos.

2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Adonai (senhor)

- PASSE - Rabbanaim (grande construtor)

SINAIS - Colocar a mão direita na palma da esquerda; fechar os dedos da mão direita e com o polegar simular os movimentos de traçar planos na palma da mão, olhando diversas vezes para o Grão-Mestre, para receber dele inspiração.

TOQUE - Entrelaçar os dedos da mão direita com os da esquerda do interlocutor. Em seguida, os dois levam as mãos livres por sobre o quadril.

BATERIA - Dez pancadas da seguinte forma: (! !! !!! !!! !).

IDADE - Idade da plenitude: 45 anos. Cinco vezes o quadrado de três.

TRABALHO - Desde que surge a Estrela da manhã até o pôr-do-sol.





3-Insígnias do Grau

Avental - Avental branco, forrado e debruado de azul, tendo no corpo um bolso para guardar os planos.
Fita - Fita de cor azul, pendente a Jóia do Grau que é uma placa onde estão gravados de um lado sete semicírculos com sete estrelas e um triângulo com a letra A no centro; no outro lado estão gravadas cinco Colunas, cada uma de uma ordem de arquitetura, um Nível, uma Cruz, um Esquadro e um Compasso com as letras RN. Debaixo de cada Coluna tem a inicial de seu nome: CDTIC.
Indumentária - Todos os Irmãos estarão trajados de preto.



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Grau 11: Cavaleiro Eleito dos Doze

Também conhecido por Sublime Cavaleiro Eleito e Sublime Cavaleiro dos Doze. Após o julgamento e a vingança dos assassinos de Hiram, a paz havia voltado a reinar na corte do Rei Salomão. Este quis premiar os Mestres Eleitos dos Quinze e colocou seus nomes dentro de uma urna e dentre eles sorteou doze para receber o título de Cavaleiros Eleitos dos Doze para cada um deles chefiar uma das doze tribos de Israel. A eles Salomão ensinou as artes que conhecia referentes ao Tabernáculo e ao conhecimento de toda a legislação maçônica.
Todos os inimigos do Rei Salomão são destruídos, bem como os inimigos de Deus.
O Grau é transmitido por comunicação.

1 - Ornamentação da Loja

A Loja é decorada de preto com corações flamejantes e é iluminada por 15 luzes, agrupadas em grupos de cinco diante do Presidente e de cada um dos Vigilantes.

2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Adonai (senhor) - Resposta: Amar-lah (palavra de Deus).

- PASSE - Stolkin (base firme).

SINAL - Cruzar os braços sobre o peito com os punhos cerrados e os polegares levantados.

TOQUE - Apresentar ao interlocutor (como no Grau 9) o punho cerrado com o polegar levantado. Este pega no polegar do outro e fazem o punho voltear três vezes, dizendo alternadamente as palavras: Berith, Neder e Xelemot.
- Pegar a mão direita do interlocutor e dar-lhe três toques com o polegar sobre a falange do dedo médio.

BATERIA - Doze pancadas espaçadas (!!!!!!!!!!!!).

IDADE - Nove vezes três ou 27 anos.

TRABALHO - Das doze horas ao romper do dia.


3 - Insígnias do Grau

Avental - Avental branco forrado e debruado de preto com abeta preta. No corpo um bolso com uma cruz bordada em vermelho.
Fita - Fita em cor negra com três corações chamejantes bordados. A Jóia é um punhal. Indumentária - Todos os Irmãos estarão trajados de preto.



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Grau 10: Mestre Eleito dos Quinze

Nos Graus 3, 4, 5 e 9, tratou-se da Lenda de Hiram e seus desdobramentos, sendo estes Graus praticamente uma seqüência. O Grau 10, Mestre ou Cavaleiro Eleito dos Quinze, é uma flagrante continuação destes e especialmente do Grau 9.
No 9º Grau houve a punição de um dos assassinos (Abiram) e o 10º Grau esclarece a punição dos dois assassinos restantes. Salomão, no aguardo da captura destes dois assassinos, determinou o embalsamento da cabeça de Abiram, que foi guardada no conselho juntamente com o seu esqueleto conservado.
Foram distribuídos editais por todo o reino e regiões vizinhas, com as características dos assassinos procurados.
Chegou-se à conclusão de que os assassinos procurados estavam exercendo as suas profissões de construtores em Bendecar, onde reinava o filisteu Maacha. Os filisteus eram inimigos tradicionais dos judeus, mas durante a construção do Templo, mediante a diplomacia, Salomão manteve tratado de paz com este povo para que as obras não fossem perturbadas.
Salomão enviou a Bendecar 15 Mestres de sua confiança, com características de diplomatas, entre os quais se achavam os nove que anteriormente haviam ido a Jopa. Então, os Cavaleiros Eleitos dos Quinze encontraram os criminosos e, de volta a Jerusalém, Zerbal e Joabem fizeram a apresentação deles á Salomão.
Foram julgados e condenados à morte: atados a um poste, tiveram o ventre aberto do peito até o púbis, permanecendo assim até que tiveram as cabeças decepadas. Suas cabeças, juntamente com a cabeça de Abiram, foram espetadas em estacas em cada uma das três portas de Jerusalém.
Seus corpos foram atirados das muralhas da cidade para servir de repasto aos abutres e feras.
Importante notar que neste ponto a lenda contradiz o que já informava no Grau 3 (Mestre Maçom), pois neste Grau cada assassino tivera a morte por ele mesmo propugnada (garganta cortada, coração arrancado e corpo cortado ao meio).
Atualmente este Grau é transmitido por comunicação, mas alguns Rituais prevêem que deva ser concedido por Iniciação.

1 - Ornamentação da Loja

A Loja é decorada de preto com lágrimas brancas e é iluminada por 15 luzes, agrupadas em grupos de cinco diante do Presidente e de cada um dos Vigilantes.

2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADA - Zerbal (inimigo de Baal) Resposta: Benaiah (filho de Deus).

- PASSE - Elehan (Deus do Povo).

SINAIS - Fazer menção de levantar um punhal à altura do queixo e depois descer na perpendicular, como se estivesse abrindo o ventre.

- RESPOSTA - Fazer o Sinal de Aprendiz tendo o punho cerrado e o polegar levantado.

TOQUE - Entrelaçar reciprocamente os dedos da mão direita mantendo os polegares levantados e separados; aproximar-se e com o interlocutor apoiarem-se nos polegares como se quisessem enfiá-los cada um no ventre do outro.

BATERIA - Cinco pancadas iguais e espaçadas (!!!!!).

TRABALHO - Começa às cinco da manhã e termina às seis da tarde.

3 - Insígnias do Mestre Eleito dos Quinze

Avental - Branco forrado e debruado de negro, com a abeta negra. No corpo está representada uma cidade com muralhas quadradas (Jerusalém) com três portões e em cada um uma cabeça enfiada numa estaca.
Fita - A fita é de cor negra com três cabeças bordadas e a Jóia é um punhal.
O Grau de Mestre Eleito dos Quinze também é conhecido como Cavaleiro Eleito dos Quinze.
Os Irmãos estarão trajados de preto.

4 - Moral do Grau

O desenvolvimento do Grau de Mestre Eleito dos Quinze e as atitudes tomadas por Salomão enfatizam positivamente o necessário relacionamento internacional, condenando a prática da intolerância.



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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Grau 9: Mestre Eleito dos Nove

O Grau de Mestre Secreto, 4, é o primeiro dos Graus Inefáveis transmitidos por Iniciação. Os seguintes — 5,6,7 e 8 — são distribuídos por Comunicação.
No escalonamento dos Graus Inefáveis, o 4, 5, 6, 9 e 10 envolvem de uma maneira ou de outra o estudo da Lenda de Hiram, seu detalhamento e principalmente os seus desdobramentos.
O Grau 9, do Mestre Eleito dos Nove ou Cavaleiro Eleito dos Nove, é ministrado por Iniciação. É um Grau complexo e envolve muitos aspectos místicos, religiosos, lendários e morais.
Este Grau lembra o Tribunal de Santa Veheme; à primeira vista pode parecer enaltecer os sentimentos de vingança.

1 - Ornamentação da Loja

A Loja representa a câmara secreta de Salomão. É ornamentada de preto com lágrimas prateadas e com manchas avermelhadas, caveiras, ossos cruzados e chamas. As Colunas estão pintadas com faixas brancas e vermelhas. No Altar dos Juramentos, encoberto de preto, ficam o Pentateuco, os Estatutos do Supremo Conselho, as Constituições do Rito Escocês, duas Espadas cruzadas e um Punhal.
A câmara é iluminada por noves luzes — oito se dispõem em Octaedro em volta do Altar dos Juramentos e uma no caminho entre este e o Oriente.

2 - Mistérios do Grau

PALAVRAS

- SAGRADAS - Nekan (vingança) Resposta: Nekah (ferido).

- PASSE - Begoal-Kol (está revelado).

BATERIA - Nove pancadas por oito e um (!!!!!!!! !).

IDADE - Oito anos e mais um completos.

TOQUE - Apresentar ao interlocutor a mão fechada com o polegar levantado; este pega da mesma forma o polegar do Irmão.

SINAL

- ORDEM - Imitar a hipótese de ameaçar com punhal.

- SAUDAÇÃO- Se dá em três tempos: Ferir o interlocutor com o punhal no rosto; este leva a mão ao rosto para ver se está ferido; Levantar o braço e ferir no coração, dizendo: Nekah!


3 - Insígnias do Mestre Eleito dos Nove

Avental - É de pele branca, forrado de vermelho e bordado de preto. Possui no corpo uma mão que segura uma cabeça ensangüentada e lágrimas de sangue. Na abeta tem uma mão que segura um punhal.
Fita - É de cor negra com nove rosetas vermelhas. Pendente à Jóia do Grau que é um punhal.

4 - Desenvolvimento do Grau

O Muito Poderoso Mestre, que representa Salomão, dá com o cabo da Espada um golpe iniciando os trabalhos. A cadeira está vazia e coberta de negro (Hiram foi assassinado). Os presentes são reconhecidos pelo Segundo Vigilante (Stolkin) com Cavaleiros Eleitos dos Nove.
O questionário de abertura dos Trabalhos, envolvendo o Muito Poderoso Mestre e o Segundo Vigilante, mostra a lenda envolvendo o matador de Hiram e a morte do primeiro assassino.
Apresenta-se a Salomão um desconhecido que diz saber da presença dos três assassinos de Hiram. Informa o desconhecido que, próximo a Jopa, existe uma caverna cercada de espinheiros, onde passa uma fonte de água, na qual foi o seu cão saciar-se. Seguindo o cão, viu a caverna iluminada por tênue luz onde estavam os assassinos. Salomão, por sorte, escolhe nove Mestres para, juntamente com o desconhecido, irem à caverna trazer os criminosos.
Durante a viagem a Jopa, Joabem, um dos escolhidos, adianta-se na caminhada e chega antes à caverna, onde um dos assassinos dormia, tendo aos seus pés um punhal. Joabem apunhala o assassino no coração e arranca a sua cabeça para levar a Salomão. Após isso lava as suas mãos na fonte de água e bebe alguns goles.
Exposto o ato a Salomão, este a princípio o condena, pois repudia a vingança e queria julgamento justo. Joabem é censurado, mas o grupo intercede em seu favor. Salomão o perdoa e dá a todo o grupo o título de Mestres Eleitos dos Nove. Para iniciar-se no Grau de Cavaleiro Eleito dos Nove, o Intendente dos Edifícios, Grau 8, bate às portas do Templo, candidatando-se à Eleição. Durante o desenvolvimento do Ritual de Iniciação ao Grau 9, Cavaleiro Eleito dos Nove, desenrola-se o psicodrama da parte da Lenda de Hiram acima resumida.
O Grau revela a ignomínia da vingança pura e simples e revela ao Iniciado a importância da razão no comando dos sentidos.
O desconhecido representa a razão; a Loja dos Eleitos dos Nove, os sentidos; e a caverna, o inconsciente. Para o desenvolvimento do Ritual, todos os Irmãos estarão trajados de preto. Este Grau é igual ao Grau 4 do Rito Moderno.


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Grau 8: Intendente dos Edifícios

As grandes construções relacionadas no Antigo Testamento, realizadas por Salomão, como por exemplo, a Casa do Rei e o Templo de Jerusalém, haviam terminado. As obras estavam prontas. Ocorre que o povo judeu não possuía uma cultura ligada à arte da construção civil, uma vez que, em sua maioria, eram agropecuaristas. Salomão pensou então em criar uma Escola de Arquitetura para instruir os judeus no ofício desta arte, até porque Salomão tinha interesse em criar outras construções, dispensando o concurso de estrangeiros, que eram mais caros e mesclados com o povo judeu; alteravam-lhe os costumes sociais e religiosos.
É importante salientar que muitos dos estrangeiros que vieram para a construção da Casa do Rei e do Templo de Jerusalém havia durante os 27 anos que duraram as obras, constituído família e fixado residência em Jerusalém. Dentre os Prebostes e Juízes foram selecionados os Intendentes dos Edifícios.
O Grau é transmitido por comunicação.

1 - Ornamentação da Loja

A Loja é decorada em vermelho e iluminada por três grupos de luzes mais cinco diante do segundo Vigilante; sete diante do primeiro Vigilante; quinze diante do Venerável.
O Presidente representa Salomão, o Primeiro Vigilante representa Tito e o Segundo Vigilante representa Adoniram.

2 - Mistérios do Grau

PALAVRA
- SAGRADA - Judá (nome da tribo de Judá)

- PASSE - Jakinal (Deus residente)

SINAL

- SURPRESA - Com as mãos em esquadrias colocar os polegares nas frontes como a proteger a vista do sol; dar nessa posição dois passos para trás e dois para frente, levando as mãos por sobre os olhos e dizer: Bem Chorim.



TOQUE - Colocar reciprocamente as mãos direitas sobre o coração e depois, com a mão direita, segurar o meio do braço esquerdo e pôr a mão esquerda sobre o ombro direito do interlocutor, dizendo: Jakinal. Este responde: Judá.

BATERIA - Cinco pancadas iguais (!!!!!).

IDADE - Três vezes nove ou 27 anos.

TRABALHO - Começa ao romper do dia e termina às sete horas da noite.

3 - Insígnias do Intendente dos Edifícios

Avental - De cor branca, debruado de vermelho e bordado de verde. No corpo há uma balança e uma estrela de nove pontas. Na abeta há um triângulo com as letras B. A. J. (iniciais de Bem Chorim, Achan e Jakinal).
Fita - Fita vermelha pendente a Jóia do Grau que é um Triângulo onde numa face estão as palavras de Judá e Jah e na outra as palavras Bem Chorim, Achan e Jakinal.
O Intendente dos Edifícios é chamado também de Mestre em Israel. Neste Grau os Irmãos estarão trajados de preto.



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