sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Postura em Loja

Estando sentado: O Irmão deve manter-se na cadeira ou banco, em posição normal, sem forçar. Assumirá uma atitude de respeito, tendo as mãos espalmadas nas coxas, e com os pés separados, em silêncio, atento ao que está acontecendo na Sessão. NÃO É ADMITIDO O CRUZAMENTO DE PERNAS.
Para circular em Loja: Deverá o Irmão fazê-lo no sentido dos ponteiros do relógio, conforme estabelecido no Ritual (REAA-GOB). Portanto o circular é feito do Norte para o Sul, passando em frente à entrada que dá acesso ao Oriente.
NÃO SE FAZ SINAL DE ORDEM QUANDO SE ESTÁ CIRCULANDO.
Entrando no Templo: Em Loja aberta, ritualisticamente, deverá o Maçom do REAA - GOB estar à ordem, respeitando o determinar o Cobridor, saudará o Venerável Mestre, depois o 1º Vigilante e, a seguir o 2º Vigilante; após permanecerá de pé e à ordem, aguardando o anúncio do Venerável Mestre para ocupar o lugar que lhe compete ou ser escoltado pelo Mestre de Cerimônia para o lugar indicado.
Usando da Palavra: Ao usar da palavra, deverá fazê-lo de pé e à ordem. Só poderá falar à vontade, isto é, se tal concessão for feita pelo Venerável.



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Abraço

O Abraço dos Maçons consiste em passar o braço direito por cima do ombro esquerdo do Irmão e o braço esquerdo por baixo do braço direito do mesmo. Estando os dois nesta posição, batem brandamente com a mão direita, as pancadas que constituem a bateria do Ap. Feito isto, invertem a posição dos braços. Por fim, invertem-na novamente, voltando à primeira posição, repetindo-se, sempre, a formalidade da bateria.
Na Cerimônia de Iniciação, o abraço dado ao Recipiendário pelo Venerável é chamado de ABRAÇO FRATERNAL, sendo a última formalidade da recepção. É a demonstração de boa acolhida, paz e afeto que se dá aos Iniciados.
O Abraço também dado toda vez que um Oficial Titular de um cargo retomar o seu lugar, provisoriamente ocupado por um substituto.
O ABRAÇO, dado com sinceridade, é a melhor prova da verdadeira fraternidade maçônica.


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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Tronco de Beneficência

Simboliza a Caridade maçônica exercida sigilosamente. Em tal sacola os irmãos depositam seu óbolo de forma discreta. É vedado, portanto, dizer-se quanto se vai colocar ou efetuar doações em nome de outros irmãos, nomeando-os e indicando a quantia depositada.
É incorreto pensar-se que o irmão necessitado pode retirar dinheiro do Tronco. Isso não existe e nunca existiu, pois que valor o Venerável Mestre tiraria, sendo ele o primeiro a efetuar tal gesto, e se ele necessitasse retirar, quem teria colocado? Ou ele nunca necessitaria?
Devemos entender que o Irmão que tiver problemas de ordem financeira deverá levá-lo ao conhecimento da Loja para que seja estudado e resolvido. Não podemos esquecer que nos termos do Estatuto Padrão, vigente depois do novo Código Civil, comum à todas as Lojas da jurisdição:
"O óbolo obtido nas sessões da Loja, para fins de beneficência, destina-se exclusivamente a obras assistenciais... A Loja não distribuirá entre seus associados, dirigentes ou doadores, a título de participação, honorário ou gratificação, nenhuma parcela de seu patrimônio ou arrecadação, bem como de eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, auferidos mediante o exercício de suas atividades, cujos recursos serão aplicados integralmente na consecução de seu objetivo social." 



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O Traje

O traje dos Maçons do REAA do GOB, muito embora o ritual faça referência que será conforme a Legislação Maçônica em vigor. É sabido que é o preto, tolerando-se o azul marinho escuro. Camisa branca, meias pretas, sapatos pretos e gravata vertical preta. Largamente utilizado é o balandrau Espécie de roupa ou beca longa, até o tornozelo, com mangas. É fechado até o pescoço, sendo confeccionada em tecido preto e não deve conter inscrições ou qualquer símbolo externo: maçônico ou não maçônico. O usuário deverá estar de calça preta, sapatos e meias pretas.
Nas Sessões de Iniciação e outras Magnas exige-se que seja o PRETO, não sendo admitido, inclusive o uso do Balandrau.
Podemos considerar como obrigação do padrinho: prevenir o candidato do dia, da hora e lugar, bem como o traje que deverá usar para a cerimônia. A ele, o padrinho, caberá orientar a quantia a ser depositada no Tronco de Beneficência.


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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A Regulamentação dos Aventais

Em 1816, a Grande Loja Unida da Inglaterra, regulamentou e padronizaram todos os seus Paramentos, estabelecendo as Cores Azuis para os mesmos, os demais Ritos Moderno, da França, York, dos Estados Unidos Adonhiramita e Schroeder, também adotaram a Cor Azul, menos o Rito Escocês Antigo e Aceito – que era vermelho e assim continuou.

Entered Aprendice (aprendiz)
Ao ser admitido como membro, ele recebe uma pele de carneiro lisa, retangular de 14 a 16 polegadas de comprimento e de 12 a 14 de largura, branca, sem ornamentos, com um cordão e uma abeta.

Fellow Craft (companheiro)
Recebe uma pele igual o de aprendiz, com as mesmas dimensões, porém acrescidas de duas rosetas de cor Azul Celeste.

Máster Mason (mestre)
Igual ao de companheiro, só que orlado e forrado de azul celeste, com três rosetas, da mesma cor que o forro, e um cordão Azul com borlas nas pontas.
A Regra que estabeleceu as Cores e Medidas para os Aventais da Grande Loja Unida da Inglaterra levou o número 269, publicada em 1816.
Essa Regra não foi alterada até a presente data.
O Rito de York, Americano, também adotou essa regra, o Rito Moderno também usa a cor azul só que as rosetas são substituídas pelas letra M B, no avental de mestre, sendo os demais graus menores simplesmente branco, mas com a opção de que o Avental de Companheiro pudesse ser confeccionado, também, com a Orla Azul, a exemplo do Rito de York, mas sem as letra M B.
É bom observar que as Rosetas só existiam e existem nos Ritos – Emulação – Inglês e York Americano. O Avental de Mestre no Rito Schroeder (alemão) não possui rosetas, nem nada a mais que a orla azul.



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Aventais Artísticos

A seguir veremos um avental artístico usado mais nos graus superiores.
Este é o avental de Mestre, das Três Virtudes Teológicas, de origem Inglesa, representando a Fé, a Esperança e a Caridade, sob a forma de três Figuras Femininas. Uma, segura, em uma das suas mãos, o Livro da Lei Sagrada, simbolizando a Fé; Outra, tem junto de si, três robustas crianças, simbolizando a caridade; A Terceira segura uma Âncora, simbolizando a esperança. Na Abeta, vemos o Sol, ladeado por Sete Estrelas, à esquerda a Lua, pela direita. Numa faixa sob a Abeta, lemos:
‐ MASONRY UNIVERSAL ‐
Acima da cabeça da “Fé”, vemos o circulo com Ponto no Centro e as Duas Paralelas, e sobre o circulo, um Livro Sagrado, aberto tendo sobre suas Páginas o Esquadro e Compasso Entrelaçado e, sobre o Livro, uma Escada de Três Degraus, tendo sobre cada degrau as iniciais das três virtudes, em Inglês. Neste mesmo avental nos vemos outros símbolos, conhecido por todos nos, como: o prumo o nível, a régua a trolha, o maço, etc.
Estes e outros maravilhosos aventais em sua maioria não designavam Graus Maçônicos. a não ser em raras e excepcionais exceções. Eram quase 250 Ritos disseminados por toda a Europa; e cada Rito com um variado número de Graus. Uma dessas raras exceções era praticada pelo Rito de Perfeição, nascido com o Capítulo de Clermont, na França, em homenagem ao Duque de Clermont – Luiz de Bourbon, Duque de Clermonte 1º Grão‐Mestre Francês.
Esse capítulo, sob a batuta do Duque de Bonneville, criou e administrou 4 Graus de Perfeição – isto é, 4 Graus para aperfeiçoar a lenda Hirâmica do 3º Grau, criado em 1725 na Inglaterra e oficializado em 1738, pela constituição de Anderson.
Os Graus eram além dos 3 primitivos – Aprendiz, Companheiro e Mestre.
4 – Mestre Escocês (mais tarde Mestre Secreto).
5 – Cavaleiro do Oriente, ou Seleto Mestre.
6 – Ilustre Cavaleiro.
7 – Sublime Cavaleiro (mais tarde Sublime Cavaleiro Rosa‐Cruz).
Com a fundação da Entidade Conselho dos Cavaleiros do Oriente e do Ocidente, mais 18 Graus foram acrescentados a esse 7, formando o Rito de Perfeição de 25 Graus, ou Rito de Heredon.
Tanto o Capítulo de Clermont, como o seu sucessor, eram compostos de partidários, admiradores e amigos dos Stwart, como as cores do Clã dos Stwarts (originários da Escócia) eram vermelhas, o Rito que nasceu em sua homenagem, teve a cor para seu Estandarte e como para a maioria de seus Paramentos. Vemos que a cor dos nossos aventais (Rito de York, Escocês), são azuis, porem a sua origem vem do século XVII, quando os “Aceitos” começaram a povoar as Lojas Operativas. Foi nesse século, também, que alguns cargos começaram a aparecer.
No Livro “exposure”, do Abade Perau, “Lê Secret dês Francs‐Maçons”, publicado em 1724, dizia assim:
Nos dias de iniciação, o Mestre e os dois Vigilantes; o Secretário e o Tesoureiro da Loja usavam um cordão azul, em torno de seus pescoços...
Essa foi a primeira vez que a cor azul foi mencionada na Maçonaria. Mais tarde esses cordões viraram Colares, e também Azuis. Por que Azul? Não há uma resposta satisfatória. Os aventais só passaram a ser padronizados e com cores a partir da União das Duas Grandes Lojas Rivais, da Inglaterra, em 1813. Até ali predominava o branco nos 3 Graus.



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Aventais Ornamentados e de Linho

Por volta de 1815 a Grande Loja, resolveu que, “Mestres e Vigilantes das lojas particulares poderiam usar seus aventais de linho branco com seda branca, e muitos poderiam usar suas jóias com galões sob o pescoço”. Há registro dessa resolução, em 1738, na primeira referência ao avental dentro das constituições.
Existem várias histórias de velhos aventais, no período de 1780 – 1790 os aventais eram altamente decorados e os dos antigos traziam os símbolos de seis a sete graus. Todos estes graus eram conferidos sob a garantia da ordem.
Os primeiros aventais não tinham decorações nenhuma, sem galões e certamente sem borlas, rosetas ou nível. Como não é sabido quando e como as rosetas vieram a ser acrescentadas aos aventais, todavia existe uma suposição de que elas foram adotadas como meio de distinguir os Graus dos Irmãos (isso depois de 1725 quando foi criado o grau de mestre).
Os aventais mais antigos com rosetas estão no museu Maçônico e são indiscutivelmente, do período após 1815, enquanto os de níveis são de 1800 em diante.
Os “Tassel”(DUAS FITAS PARALELAS TERMINADAS EM BORLAS), como temos hoje em dia, surgiram em 1850, após a União das Duas Grandes Lojas Rivais (1816), sofreram ainda a transformação das Borlas, em Sete Pingentes de Prata, para cada lado. Significando cada Grupo de Sete Esferas de Prata:

– As Sete Artes e Ciências Antigas (liberais):
1 – A Gramática;
2 – A Retórica;
3 – A Lógica;
4 – A Aritmética;
5 – A Geometria;
6 – A Astronomia;
7 – A Música.

A outra – Os Sete Planetas Conhecidos na Antiguidade:
1 – A Lua (para os antigos a Lua era um Planeta);
2 – Mercúrio;
3 – Vênus;
4 – Marte;
5 – Júpiter;
6 – Saturno;
7 – Urano.

Como já dito antes essas duas paralelas tem origem na Inglaterra (no Rito de York), e é usado até hoje nas Lojas deste Rito, no mundo todo.



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O Avental da Loja Simbólica

Quando a primeira Loja Simbólica Inglesa usou avental, ele se tornou um Símbolo Único da Maçonaria. Era de pele, mas usado apenas por alguns, sendo de couro tosado, e vestido adequadamente. Assim essencialmente, é o Avental da Maçonaria, ainda hoje mas os ornamentos e o motivo por que eles ornavam estes aventais obscurecem o “porquê” até hoje. Um avental branco totalmente, o avental da iniciação nas lojas Inglesas. Aquele mesmo avental branco liso, é usado por todos os maçons em muitos e diferentes Graus, embora dentro do sistema americano, a única adição feita é uma borda estreita azul sobre os aventais dos Graus Simbólicos, e de vermelho nos Graus do Real Arco.


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O Avental Maçônico

Por volta do século XIII, todos os trabalhadores, em geral usavam um tipo de roupa feita de couro ou pele de animais.
Isso quer dizer que o avental não é, ou era na época uso exclusivo dos maçons, na verdade o avental maçônico não possuía nenhuma conotação espiritual, esotérica teosófica, cabalística ou ocultista. Ele só simbolizava o trabalho braçal, dos pedreiros primitivos; e, intelectual dos maçons modernos.
Nos últimos 390 anos o avental maçônico se transformou num dos principais símbolos da indumentária de um maçon, sendo que por indumentária se entende a fita, o colar, a faixa (em certos graus), em alguns ritos o chapéu e a luva.
Nenhum maçon, nos Três Graus Simbólicos, estará regulamente vestido, se não estiver com seu avental, e nenhum maçon, pode participar de uma reunião ritualística se não o estiver usando, isso em qualquer Rito. No passado, na maçonaria Operativa, era a própria profissão que assim o exigia; depois as Regras estabelecidas para os Maçons Simbólicos, os Maçons “aceitos”, assim a exigiam e ainda exigem.


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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Abóboda Celeste

O teto do templo representa o céu. Do lado do Oriente, um pouco "a frente do trono o sol; por sobre os Altares dos 1º e 2º Vigilantes, respectivamente, a lua e uma estrela de cinco pontas. Estes emblemas poderão ser pintados ou em relevo, ou então, pendentes no teto. 

O Avental é um legado que a Maçonaria Especulativa recebeu da Maçonaria Operativa, a que chamamos vestido, que grandes homens, verdadeiros benfeitores da humanidade, se honraram de vestir. Na Maçonaria Especulativa não passava de uma simples e desalinhada pele de carneiro branca, sem forro, segura por cordões que passavam pelos ombros e pelo pescoço. Símbolo do trabalho lembrará sempre que um Maçom deve ter uma vida ativa e laboriosa. 

Os Aventais atuais devem obedecer às seguintes medidas conforme orientação da Oficina-Chefe do REEA - GOB:
Abeta de 15 cm
Altura de 30 cm
Largura de 40 cm







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Duodenário

Doze corresponde à divisão mais antiga e mais natural do círculo, dada por dois diâmetros, que se cortam em ângulos retos, e por quatro arcos, do mesmo raio que o da circunferência, traçados tomando-se como centro os extremos da cruz.

Esta divisão é aplicada ao Céu, onde determina doze espaços iguais, que o Sol percorre em sua trajetória anual aparente em torno da terra.
As Constelações, que coincidiram, outrora com estes espaços, deram-lhes seus nomes, tirados de animais ou de seres animados. O Duodenário Zodiacal, cujo simbolismo é de máxima importância, porque o ano se torna protótipo de todos os ciclos, emblematizando tanto as fases da vida humana como as da Iniciação. Nos Mistérios de Ceres, o Iniciado partilhava, de fato, dos destinos da semente confiada ao solo. Como esta, ele deveria sofrer a influência solar para desenvolver-se e frutificar, depois do que tornava a passar por esse encadeamento de transformações de que resulta o ciclo da vida. Cada Signo do Zodíaco tem, sob este ponto de vista, significado particular, que será compreendida depois de algumas indicações gerais sobre o simbolismo dos doze Signos.

Esta figura resume as tradições sobre o zodíaco, cujos símbolos têm estreita ligação com o setenário dos planetas, considerando-se o Sol como tendo morada no Leão e a Lua no Câncer. Eis os domínios ou esferas de influência:
Mercúrio - Gêmeos - Virgem
Vênus - Touro - Balança
Marte - Carneiro - Escorpião
Júpiter - Peixes - Sagitário
Saturno - Aquário - Capricórnio
Lua - Câncer
Sol - Leão

Cada signo participa da natureza de um dos quatro elementos:

Fogo - Carneiro - Leão - Sagitário
Terra - Touro - Virgem - Capricórnio
Ar - Gêmeos - Balança - Aquário
Água - Câncer - Escorpião - Peixes

O Duodenário 3 x 4 simboliza a harmonia perfeita. O nosso tempo cósmico nos dando as quatro estações ou os três meses correspondentes. Em Tratado de Simbologia - Livra-ria e Editora Logos Ltda - S. Paulo - 1956, de Maria Ferreira dos Santos:
Não esqueçamos que o três é o símbolo da seriação elementar que se realiza no início, no meio e no fim. Cada estação inicia, perdura e termina, seguindo-se o ciclo.

Estes períodos constituem os doze meses do ano, admitidos universalmente em todas as grandes culturas. Encontramo-los entre os povos pré-colombianos, no antigo Egito, nos chineses e hindus, cujos nomes são assinalados por palavras que se assemelham foneticamente. Não é, pois, arbitrária, a divisão duodecimal. A divisão das horas obedece ao sistema duodecimal, inclusive os minutos. Doze são os signos do zodíaco, correspondentes aos doze meses de uso universal.
No Ritual REAA - elaborado e aprovado pelo GOB, encontraremos a seguinte Representação Simbólica do Zodíaco:

Que correspondem às Colunas Laterais do Templo.
Ao Norte teremos: Carneiro, Touro, Gêmeos, Leão e Virgem.
Ao Sul teremos: Balança, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.




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