terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Aventais Artísticos

A seguir veremos um avental artístico usado mais nos graus superiores.
Este é o avental de Mestre, das Três Virtudes Teológicas, de origem Inglesa, representando a Fé, a Esperança e a Caridade, sob a forma de três Figuras Femininas. Uma, segura, em uma das suas mãos, o Livro da Lei Sagrada, simbolizando a Fé; Outra, tem junto de si, três robustas crianças, simbolizando a caridade; A Terceira segura uma Âncora, simbolizando a esperança. Na Abeta, vemos o Sol, ladeado por Sete Estrelas, à esquerda a Lua, pela direita. Numa faixa sob a Abeta, lemos:
‐ MASONRY UNIVERSAL ‐
Acima da cabeça da “Fé”, vemos o circulo com Ponto no Centro e as Duas Paralelas, e sobre o circulo, um Livro Sagrado, aberto tendo sobre suas Páginas o Esquadro e Compasso Entrelaçado e, sobre o Livro, uma Escada de Três Degraus, tendo sobre cada degrau as iniciais das três virtudes, em Inglês. Neste mesmo avental nos vemos outros símbolos, conhecido por todos nos, como: o prumo o nível, a régua a trolha, o maço, etc.
Estes e outros maravilhosos aventais em sua maioria não designavam Graus Maçônicos. a não ser em raras e excepcionais exceções. Eram quase 250 Ritos disseminados por toda a Europa; e cada Rito com um variado número de Graus. Uma dessas raras exceções era praticada pelo Rito de Perfeição, nascido com o Capítulo de Clermont, na França, em homenagem ao Duque de Clermont – Luiz de Bourbon, Duque de Clermonte 1º Grão‐Mestre Francês.
Esse capítulo, sob a batuta do Duque de Bonneville, criou e administrou 4 Graus de Perfeição – isto é, 4 Graus para aperfeiçoar a lenda Hirâmica do 3º Grau, criado em 1725 na Inglaterra e oficializado em 1738, pela constituição de Anderson.
Os Graus eram além dos 3 primitivos – Aprendiz, Companheiro e Mestre.
4 – Mestre Escocês (mais tarde Mestre Secreto).
5 – Cavaleiro do Oriente, ou Seleto Mestre.
6 – Ilustre Cavaleiro.
7 – Sublime Cavaleiro (mais tarde Sublime Cavaleiro Rosa‐Cruz).
Com a fundação da Entidade Conselho dos Cavaleiros do Oriente e do Ocidente, mais 18 Graus foram acrescentados a esse 7, formando o Rito de Perfeição de 25 Graus, ou Rito de Heredon.
Tanto o Capítulo de Clermont, como o seu sucessor, eram compostos de partidários, admiradores e amigos dos Stwart, como as cores do Clã dos Stwarts (originários da Escócia) eram vermelhas, o Rito que nasceu em sua homenagem, teve a cor para seu Estandarte e como para a maioria de seus Paramentos. Vemos que a cor dos nossos aventais (Rito de York, Escocês), são azuis, porem a sua origem vem do século XVII, quando os “Aceitos” começaram a povoar as Lojas Operativas. Foi nesse século, também, que alguns cargos começaram a aparecer.
No Livro “exposure”, do Abade Perau, “Lê Secret dês Francs‐Maçons”, publicado em 1724, dizia assim:
Nos dias de iniciação, o Mestre e os dois Vigilantes; o Secretário e o Tesoureiro da Loja usavam um cordão azul, em torno de seus pescoços...
Essa foi a primeira vez que a cor azul foi mencionada na Maçonaria. Mais tarde esses cordões viraram Colares, e também Azuis. Por que Azul? Não há uma resposta satisfatória. Os aventais só passaram a ser padronizados e com cores a partir da União das Duas Grandes Lojas Rivais, da Inglaterra, em 1813. Até ali predominava o branco nos 3 Graus.



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