quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ordens de Arquitetura


As Ordens em número de cinco: Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e Compósita ou Composta.
Toscana - A ordem toscana foi desenvolvida na época romana e trata-se de uma simplificação de mesmas proporções do dórico. A coluna dispõe de base e apresentam sete módulos de altura, o fuste é liso, sem caneluras, e o capitel simples.
Jônica - A ordem jônica surgiu a leste, na Grécia oriental e seria, por volta de 450 a.C., adaptada também por Atenas. Desenvolvendo-se paralelamente ao dórico apresenta, no entanto, formas mais fluida e uma leveza geral, sendo mais utilizado em templos dedicados a divindades femininas. A coluna possui uma base larga, têm geralmente nove módulos de altura, o fuste é mais elegante e apresenta vinte e quatro caneluras. O capitel acentua a analogia vegetal da coluna pela criação de um elemento novo entre o coxim e o ábaco de caráter fitomórfico. Este elemento dispõe de dois rolos consideravelmente projetados para os lados, as volutas. O friso passa a ter elemento único decorado em continuidade. Representando a Sabedoria, é atribuída ao Venerável, Simboliza a janela do Painel da Loja que ocupa o Oriente, e indica uma das três principais posições do Sol, no seu decurso pelo firmamento. É representado por uma das três Luzes da Loja, sustentadas por candelabros. É a Sabedoria da criação de Deus e a Sabedoria que deve dirigir os nossos empreendimentos.
Dórica – A ordem dórica surgiu nas costas do Peloponeso, ao sul e apresenta-se no auge no século V a.C.. É principalmente empregada no exterior de templos dedicados a divindades masculinas e é a mais simples das três ordens gregas definindo um edifício em geral baixo e de caráter sólido. A coluna não tem base, tem entre quatro a oito módulos de altura, o fuste é raramente monolítico e apresenta vinte estrias ou sulcos verticais denominados de caneluras. O capitel é formado pelo é quino, ou coxim, que se assemelha a uma almofada e por um elemento quadrangular, o ábaco. O friso é intercalado por módulos compostos de três estrias verticais, os tríglifos, com dois painéis consecutivos lisos ou decorados, as métopas. A cornija apresenta-se horizontal nas alas, quebrando-se em ângulo nas fachadas de acordo com o telhado de duas águas. A versão romana transmite, em geral, maior leveza através das suas dimensões mais reduzidas.
Coríntia – É característica do final do século V a.C.. Tem um estilo notoriamente mais decorativo e trabalhado. A coluna possui geralmente dez módulos de altura e o fuste é composto por vinte e quatro caneluras afiadas. O capitel apresenta uma profusão decorativa de rebentos e folhas de acanto tendo-se tornado o capitel de uso generalizado na época romana. Na Maçonaria, o pilar coríntio representa a janela que ilumina o Sul, no painel, e a vela do Altar dos Juramentos. É a coluna da Beleza, atribuída ao Segundo Vigilante. É um dos Grandes Pilares que sustentam uma Loja Maçônica e representa um dos três principais atributos de Deus: a Beleza e a Harmonia de suas obras.
Compósita ou Composta – A ordem compósita, desenvolvida na época romana, tendo sido até ao renascimento considerada uma versão tardia do coríntio. Trata-se de um estilo misto em que se inserem no capitel as volutas do jônico e as folhas de acanto do coríntio. A coluna tem dez módulos de altura. A Coluna Compósita, sendo uma mistura dos ornamentos das colunas Jônica e Coríntia, fez com que Nicola Aslan a associasse à instrução dos Companheiros pelo fato de terem no seu capitel as volutas da ordem jônica e as folhas de acanto da ordem coríntia.                                                                                                   

compósitas
jonica
dórica
coríntia
                                                                                                                                                           
Partes relevantes de uma coluna





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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O QUADRO DA LOJA

Quadro da Loja

1 – Venerável                         
2 - 1º Vigilante                       
3 - 2º Vigilante                       
4 - Orador                             
5 - Secretário                         
6 - Tesoureiro                        
7 – Chanceler                        
8 - Mestre de Cerimônias      
9 - Hospitaleiro                     
10- 1º Diácono                      
11- 2º Diácono                      
12- 1º Experto                        
13- 2º Experto                       
14- Porta-Bandeira                
15- Porta-Estandarte                                                 
16- Porta-Espada                                  
17- Cobridor Externo            
18- Cobridor Interno             
19- Mestre de Harmonia        
20- Arquiteto
21- Mestre de Banquete 
22- Bibliotecário
23- Altar dos Juramentos
24- Altar dos Perfumes
25- Painel do Grau 
26- Pedra Cúbica 
27- Pedra Bruta
28- Prancheta
29- Mar de Bronze
30- Coluna dos Aprendizes
31- Coluna dos Companheiros
32- Colunas dos Mestres 
33- Autoridades Maçônicas 
34- Mestres Instalados
35- Grão-Mestre Geral /Adjunto    
      Grão- Mestre Estadual /Adjunto
36- Pavilhão Nacional 
37- Bandeira do GOB  
38- Estandarte




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O TEMPLO


O local de reunião da Loja chama-se TEMPLO. Tem a forma de um retângulo. A parte do fundo, que fica em plano mais elevado, chama-se ORIENTE separado por uma grade a BALAUSTRADA aberta no meio.
À porta de entrada é no OCIDENTE, a meio da parede que o separa do Átrio, fazendo frente ao Oriente.
O Templo não deve ter janelas ou outras aberturas, a não ser que por ela nada se veja do exterior. A cor das paredes é azul-celeste.
Os degraus que encontramos na balaustrada, em número de quatro, são alusivos à VIRTUDE, à CIÊNCIA, ao TRABALHO e à FORÇA; os três que dão acesso ao ALTAR DO VENERÁVEL são alusivos à VERDADE, à LUZ e à PUREZA. Todos os degraus devem ser galgados sucessivamente.
Chama-se ÁTRIO o recinto que precede o Templo e onde os Irmãos se revestem de suas insígnias e paramentos; é onde o Mestre de Cerimônias organiza o corteja para entrada ao Templo. Precedendo o Átrio, deverá haver uma sala (Sala dos Passos Perdidos) destinada a receber os visitantes.


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ACÁCIA


A Acácia é uma planta abundante em Jerusalém, e posto cresça em qualquer parte do mundo, as suas características diferem de região a região; a Acácia oriental produz a denominada "goma arábica", que entre nós não vinga; no sul do Brasil temos múltiplas espécies de Acácia, entre elas, a denominada "Acácia Negra", de cuja casca é extraída o "Tanino", rivalizando com o da África é considerado um dos melhores do mundo para curtir o couro dos animais. A Acácia é símbolo característico do 3.º Grau do Rito “Escocês Antigo e Aceito. Há cerca de trezentas variedades de Acácia, assim se torna difícil definir, qual, precisamente, constitui a planta maçônica. No Brasil floresce no mês de junho, por ocasião das festividades do solstício do inverno; nas cerimônias de “Adoção de Lowtons", que são levadas a efeito no dia 24 de junho, a flor de Acácia é empregada para a ornamentação do Templo. A palavra Acácia deriva do grego: "Akè" com o significado de "ponte" de um instrumento de metal. Existem variações no nome, a saber: AKAKIA, KASIA, KASSIA, AKANTHA, AKAKIA; essa última palavra significa: inocência e ingenuidade. A Acácia é uma planta da família das leguminosas- mimosas; apresenta-se como um arbusto com folhas leves, e elegantes, das regiões tropicais ou subtropicais; possui flores miúdas, ordinariamente, amarelas, perfumadas, agrupadas e muito melíferas. Os antigos egípcios tinham a Acácia como planta sagrada, era adorada pelos árabes; Maomé destruiu o mito da Acácia, que os árabes denominavam de: "Al-uzzá". A aclamação "Huzzé"," pode ter origem no vocábulo "Al-uzzá". Para os antigos, a Acácia era um emblema solar, como as folhas do Lótus e do Heliotrópio, porque as folhas acompanham a evolução do Sol e param, quando este desce no ocaso; a flor imita o disco radioso do Sol, com sua espécie de "plumagem".
"Al-uzzá" que Maomé baniu, por considerá-la idolatria, era venerada pelas tribos de Ghaftanm, de Koreiseh, de Kenânah e de Saken, a quem denominavam de "Pinheiro do Egito". Portanto, não vamos encontrar a Acácia, apenas evocá-la na literatura hebraica. Se Moisés recomendava que o Tabernáculo, a Arca da Aliança, a Mesa dos Pães da Propiciação e demais Adornos Sagrados, fossem construídos com  madeira de Acácia, isto não significa que o seu uso fosse originário daquela época, pois nos mistérios egípcios seu uso era conhecido. Moisés que estivera no cativeiro, certamente, colheu dos egípcios, o uso da Acácia sagrada nas escrituras, o nome da Acácia vem como "shittah" e "shittuin", com a  tradição: "Setim". Hiram Abif esculpiu os Querubins e todos os demais ornamentos, em Acácia que, posteriormente cobriu com lâminas de ouro. Considerando o tamanho dessas esculturas, e o revestimento das paredes internas, tipo "lambris", a Acácia não se apresentava como um simples arbusto, mas como árvore de grande porte. Todas as religiões místicas antigas, possuíam uma árvore simbólica para venerar. Na Maçonaria antiga encontraremos o Lotus, nas regiões do Egito, o Mirto na Grécia, o Carvalho na Druida. Nos antigos Rituais Maçônicos não é mencionada, a Acácia; ela surge ao mesmo tempo, do aparecimento do Terceiro Grau. Os Templários, ao recolherem as cinzas de Jacques de Molay, as cobriram com ramos de Acácia, evidentemente: cônscios da existência do paralelismo com Hiram Abif. Na Ilha Vert Galant, próxima à Ponte Nova, no rio Sena, em Paris, onde Jacques de Molay fora sacrificado, existem, ainda hoje, algumas Acácias de grande porte. Numa obra maçônica antiga, diz-se que a Acácia é invocada nas cerimônias do 3.º Grau, em memória da Cruz do Salvador, porque esta foi feita nos bosques da Palestina onde abundava e que a própria coroa de espinhos foi formada por ramos de Acácia que são espinhentos. (segundo Recuell Préciaux de la Maçonnerie Adonhiramite, 1787).
A adoção da  Acácia no sentido místico e simbólico tem o significado do "indestrutível", do "imperecível", porque se trata de uma madeira imputrescível, devido a sua composição resinosa. Não estamos capacitados a informar se toda Acácia possuí as mesmas qualidades da "Acácia Vera" e da "Minwsa Nilótica", que são originárias da Península Arábica. Os primeiros maçons organizados retiraram da história de Israel, os principais conceitos e assim, a Acácia, por simbolizar a "Imortalidade Alma", foi aceita como símbolo sagrado. Quando o mestre diz: "A Acácia me é conhecida", quer dizer que "esteve no Túmulo", portanto, que se encontra ressurreição. O significado místico da Imortalidade que equivale a "indestrutibilidade" e que o Ser é "imperecível", é o ponto culminante da filosofia maçônica. Saindo o mestre do Túmulo, do círculo, como iniciado final, e que permaneceu soterrado no silêncio e na escuridão, qual crisálida, surge como inato alado que se lança ao espaço em direção ao Sol e à Luz. O Sol, este luminar misterioso, é anunciado pela "Mimosa", flor  amarelo de ouro, símbolo da magnitude e poder. Alerta o homem que, posto revestido de elementos materiais, portanto, perecíveis, possui um Elemento mais valioso, permanente e eterno, que jamais pode perecer. É a lição mestre da Maçonaria: "A Vida ergue-se do Túmulo, para, jamais tornar a morrer". Na cerimônia da Iniciação, a planta simboliza a presença da Natureza. Natureza que difere do homem, por pertencer a outro reino. A cerimônia não pode prescindir da presença de uma planta, por isto, sempre houve plantas em todos os ritos da antiguidade. Nas cerimônias fúnebres orientais, quando os corpos  são incinerados, as fogueiras são alimentadas com madeiras odoríferas consideradas sagradas. Por ironia, na Idade Média, os Mártires eram sacrificados em fogueiras. Para o maçom, a Acácia, além do mais, constitui-se em um chamamento nostálgico, pois de imediato, traz à lembrança, o sacrifício de Hiram Abif.
Nas cerimônias de Pompa Fúnebre, o fato de todos depositarem um ramo de Acácia de pequenas dimensões, sobre o esquife, simboliza a crença de que a morte é provisória. Hiram Abif foi sepultado por três vezes; a primeira, sob os escombros dos materiais de construção; a segunda vez, na "cova" aberta na terra; a terceira, com honrarias dentro do Templo. Porém, o sepultamento foi, simplesmente, o do corpo; pelas primeira e segunda vez, o corpo foi removido; na última, permaneceu definitivamente, eis que a crença de Salomão era de que o Templo, jamais seria destruído. A história comprovou que nada é definitivo na Terra, porque o que é matéria perece. Assim, ao depositarem-se ramos de Acácia, sobre o esquife, há a manifestação da crença da que, alguma coisa é imperecível no homem, como o é, simbolicamente, a Acácia. Portanto, a Acácia está ligada à crença da "Vida além Túmulo, que é um dos Landmarks maçônicos. Uma parcela expressiva do Cristianismo crê, piamente, que ao final dos tempos, os "escolhidos" ressuscitarão em "carne" e por este motivo repelem a cremação e a doação de órgãos para implantes. A ressurreição da carne posto tratar-se de um mito, faz parte do conhecimento esotérico maçônico; o cuidado e a veneração que o maçom dispensa ao corpo inerte de um irmão falecido e as homenagens que lhe rende no 33.º dia de seu passamento, constitui prática usual, porém nem de todo esclarecido e compreendido. Durante as cerimônias são dadas três pancadas sobre os tronos, com som surdo e lúgubre; essas pancadas, simbolizam as três fases "post mortem", ou seja, como já referimos, as três sepulturas do Artífice do Templo. Durante a cerimônia é formada a Cadeia de União, e ao ser transmitida a Palavra em oca forma convencional, recebendo-a o Mestre de Cerimônias anuncia que a corrente se encontra "rompida" e a "Palavra" perdida.
Todo o cerimonial desenvolve-se numa evocação à lenda de Hiram Abif e, evidentemente, com o mesmo significado esotérico. Assim, a Acácia, representa, sempre e primordialmente, um duplo símbolo:
- da mortalidade e o da imortalidade
- do luto e o do júbilo.
- do Sagrado e do  profano.
Finalizando, quando o Maçom afirma que a "Acácia lhe é conhecida", equivale informar ter ele atingido o clímax do Simbolismo, o mestrado e a sua harmonização em Hiram Abif.
Não há incompatibilidade entre a cultura e a religião, mas há entre o fanatismo e a Maçonaria. Creia na vida onde quer que esteja semeada, mesmo que você ainda não possa “ver” com os olhos de ver. É preciso que se saiba que quando um homem é perfeito, vê perfeição nos outros. Quando vê imperfeições é a sua própria mente que se projeta. Por isso tanto criticamos os outros, esquecendo de tantas verdades.


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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

AS TRÊS ROSETAS


Rosetas são assim denominadas as pequenas peças rosa de fita que adornam o avental do Mestre Maçom. Não se sabe bem como elas apareceram. 
No Século XIX foram adotadas para diferenciar os graus dos Irmãos, pois, antigamente, todos se revestiam de um simples avental  branco. Segundo Bernard E. Jones autor do livro “Freemason’s Guide and Compendium” -  editado pela George Harrap & Co. Ltd. - Londres - 1963: “Não há qualquer significado nas rosetas. Contrariamente a tudo aquilo que  foi escrito sobre o assunto. Refere-se a posição do sol, durante o seu percurso diurno, emblematizando também o Oriente, o Meio-dia e o Ocidente, ou seja, as posições que ocupam as três Luzes em Loja”. Também vamos encontrar que as rosetas, se simbolicamente entrelaçadas, como três anéis formam a trindade, onde se encontra o setenário. Nesta linha de raciocínio, teremos a representação muda e invocadora de conceitos filosóficos, cuja exposição forneceria matéria que fossem digitadas diversas páginas... 

O primeiro Círculo de Ouro - SOL, o centro imutável de onde irradia toda a atividade. Espírito que anima a matéria. O Enxofre dos alquimistas. O Fogo interior, individual. Elemento gerador de cor rubra: sangue, ação, calor e luz.

O segundo Círculo de Prata - LUA, astro variável, espelho receptivo de influências; molde prático que determina toda a formação. Substância passiva esposa do espírito. O Mercúrio dos Herméticos, veículo da atividade espiritual que penetra em todas as coisas. Espaço, cor azul: ar, sentimento, sensibilidade.

O terceiro Círculo de Bronze ou de Chumbo - SATURNO, Deus precipitado do Céu, que reina sobre o que é pesado, material, materialidade, positivismo, energia material. Cor amarela tendente a obscurecer-se, passando ao cinzento e ao negro, arcabouço ou carcaça óssea: base sólida de toda a construção; rocha que fornece pedra bruta; ponto de partida da Grande Obra. 

Passemos a algumas analogias... Que chamaremos de interferências numéricas... - Interferência de 1 e 2 O Filho, nascido na união do Pai e da Mãe. Júpiter, oposto a Saturno, por Ele destronado, corresponde à espiritualidade. É ele que ordena e decide, projetando o raio, a centelha da Vontade. Cor de púrpura ou violeta (complementar da amarela); idealismo, consciência, responsabilidade, auto direção. No Espaço Central, no qual as três cores primitivas se sintetizam na luz branca. Estrela Flamejante, Mercúrio dos Sábios, quinta-essência. Fluído de atração, grande agente do magnetismo. - Interferência de 2 e 3  Vênus, a vitalidade, o orvalho gerador dos seres. Cor verde: doçura, ternura, sensibilidade física. - Interferência de 1 e 3 Atividade material. Marte, necessidade de ação, maturidade que despende e consome a energia vital. Fogo devorador, cor de chama, amarelo- vermelho-escarlate; instinto de conservação, egoísmo, ferocidade, mas também, potência inquebrantável de realização.
Assim esboçado, encontra-se até nos sete pecados capitais, suja distinção se funda em dados iniciáticos: - Orgulho - prejudicial quando oriundo de uma vaidade frívola, ligado ao Sol, porque como ele, ofusca os fracos. - Preguiça - proveniente da passividade lunar, enlanguescida em inércia abusiva. -Avareza - vício essencial dos saturninos, previdentes e prudentes em excesso. - Gula - própria dos jupterianos, indivíduos hospitaleiros e generosos, que cuidam muito do próprio “eu”. -Inveja - tormento dos mercurianos, agitados, que jamais se satisfazem e não podem deixar de ambicionar aquilo que não possuem. - Luxúria - proveniente do exagero das qualidades de Vênus. - Cólera - enfim, que é o defeito de Marte, exaltador da violência e dos transportes.
Observemos que 1 se opõe a 6, 2 a 7 e 3 a 4,  enquanto que 5 a nada se opõe, assegurando o equilíbrio geral. Imaginando-se que fosse suprimido um só desses pecados capitais, o equilíbrio do mundo material romper-se-ia. Nada demonstra melhor a importância deste setenário, tais como o concebem os iniciados. Setenário indicativo do caráter de um ser humano na escalada das sete forças ou virtudes emparelhadas com os sete vícios ou debilidades das quais constituem uma evolução ou superação.
O número sete encontra-se em toda parte: na Religião, na História, na Física etc. Está nos sete dias da criação, nas sete cores do arco-íris, nos sete sons da escala musical, nos sete vícios, nas sete virtudes, nos sete planetas etc. sendo, portanto um número privilegiado. Domina no Apocalipse. É o número misterioso, cabalístico e simbólico.
                                                                                                                    
                         
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