quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dicionário da Maçonaria "G"

G

“Letra que se vê nos Templos, gravada no centro da Estrela Flamejante”, também é a inicial da palavra geometria, e muitas outras para o Rito Escocês. No Rito Moderno foi substituída pela palavra “IOD” dos hebreus, ou seja, a inicial da palavra “JEOVÁ”.

Galo - Aparece no Ritual do Grau “1” do R\E\A\A\, nas “Câmaras de Reflexão” como símbolo da vigilância e perseverança. Na bíblia é citado pelo seu canto, quando “Pedro negou Cristo por três vezes”.

Gomel – Um dos deuses, gravados sobre as doze pedras do “sumo sacerdote hebraico”, e serve também de palavra sagrada de muitos Graus Maçônicos.

Goteira - Assim é chamado um profano, que está presente entre os Irmãos.

Gládio – (Em linguagem de Banquete) – Faca.

Globo – Símbolo Maçônico da regularidade e sabedoria, representa também a extensão da Ordem, que é universal.

Grande Arquiteto do Universo ou G\A\D\U\ – É o termo com que os Maçons designam o nome de “Deus”. Poder Supremo.

Grande Oriente – É a designação das “cúpulas”, que dirigem e governam as Lojas Simbólicas, de um país, estado ou território.

Grande Secretário – Assim é designado o Secretário de um Alto Corpo Maçônico, servindo o termo “Grande”, para indicar que o Cargo é exercido em uma “Câmara Superior”.

Grão-Mestrado – Cargo exercido por um Grão-Mestre.

Grão-Mestre – Título da maior autoridade que preside um “Grande Oriente”, assim também é chamado o presidente de algumas Oficinas Filosóficas do R\E\A\A\.

Graus – Estágio de aprendizagem dos Maçons, que variam de número conforme os Ritos. O Rito Escocês com “33” Graus, o Rito Moderno com “7” Graus, o Rito Adonhiramita com “13” Graus; havendo Ritos que admitem até “96” Graus. Porém todos eles possuem os três primeiros “Graus Simbólicos”: Aprendizes, Companheiros e Mestres.

Graus Capitulares – São os Graus concedidos pelos “Capítulos”, que no R\E\A\A\ são os dos Graus “15 ao 18”, podendo ser estendidos dos Graus “4 ao 14”; caso no local não haja uma “Loja de Perfeição”.

Guarda do Templo – Irmão encarregado da segurança interna de uma Loja.

Gravar – Escrever.

Guarda dos Selos – Oficial de um “Supremo Conselho”, que tem sob sua responsabilidade os selos, ou timbres que os apõem em documentos oficiais.


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Dicionário da Maçonaria "F"

F

Falso Irmão – Diz-se do Irmão que trai seus juramentos, profano que conhece alguns segredos da Ordem, ou que Iniciado em Loja Irregular.

Fênix - Ave da “mitologia” que renascia de suas próprias cinzas, por isso foi tomada como símbolo da imortalidade, ressurreição.

Festas – Na Maçonaria são as “Cerimônias Especiais”, destinadas à comemoração de datas ou acontecimentos. Há festas, destinadas só aos Maçons, mas há também as destinadas aos parentes e amigos, chamadas de “Sessões Brancas”.

Figuras Alegóricas – São os “Símbolos Maçônicos” representados por desenhos ou esculturas, com os quais são ornados os Templos Maçônicos.

Filhos da Viúva – Simbolicamente assim são chamados todos os Maçons do universo, por se considerarem Irmãos entre si. (Ver Viúva).

Filiação – É o ato pelo qual uma Loja admite em seu quadro um Irmão Regular, de outra Loja pertencente à mesma Potência. Não é conveniente que um Maçom pertença a várias Lojas.

Filiando Livre – No passado era o Irmão que obtinha o direito de freqüentar regularmente outra Loja, que não a sua, porém sem direito de voto. Posteriormente quando no Brasil só havia o “G.O.B.”, tais Irmãos tinham todos os direitos inerentes ao seu Grau. Hoje só existe a figura de “Membro Honorário”.

Fitões – São colares de pano, com desenhos atribuídos ao Cargo, em que está investido cada Irmão, sendo usados ao pescoço. (Ver Colares).

Flores - Alegria, beleza, virtude.

Fogo - O terceiro dos elementos da natureza, conhecido no passado como elemento de renovação. “O fogo renova a natureza toda”. Verdade, purificação, fervor, zelo...

Fogo Sagrado – Fogo que os antigos conservavam em seus Templos. Os romanos rendiam cultos a “Vesta”, deusa do fogo. A Ordem rende-lhe tributo de diversas formas, como a da purificação de um Candidato na “prova do fogo”; mas a principal delas é na “Cerimônia de Sagração” de um Templo, quando o “Fogo Sagrado”, é levado para iluminar simbolicamente os trabalhos, que ali serão realizados.

Força – Maçonicamente é um dos três “pilares” que sustentam um Templo, sendo representada por uma estátua de “Hércules”. É um título especial do 1º Vigilante, que representa a “Coluna da Força”.

Formiga – Economia e trabalho.

Fraternidade – É o principal axioma da Maçonaria, pois o espírito da Ordem é transformar toda a humanidade em uma “Grande Fraternidade”. Sem fraternidade não há Maçonaria.


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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Dicionário da Maçonaria "E"

E

Elementos - São os quatros elementos usados nas provas da Iniciação, já conhecidos dos antigos: terra (matéria física), ar (matéria psíquica), água (matéria sensitiva) e fogo (matéria mental).

Elevação de Grau – Genericamente é a passagem de um Grau para o Superior, mas cada cerimônia tem denominação especial. Iniciação para o Grau de Aprendiz. Elevação para o Grau de Companheiro.

Exaltação para o Grau de Mestre. Havendo outras designações para os “Graus Filosóficos”.

Elul – É o 12º mês do calendário judaico.

Emblemas – Figuras representativas, insígnias, distintivo de Loja ou “Corporação Maçônica”.

Encarnado – É a cor do R\E\A\A\, com o significado de zelo e fervor.

Encíclica – Circular que o Grão-Mestre, dirigi às Lojas, ou esta aos seus Obreiros. Modernamente este termo está em desuso, mas ainda em prática pela “Igreja Romana”.

Era Maçônica – Época da qual se começam a contar os anos na cronologia da Ordem. Expressão atualmente em desuso. (Ver Verdadeira Luz e Era Vulgar).

Era Vulgar – Assim designa o calendário, usado modernamente no mundo todo. Nos documentos Maçônicos após a data apõe-se a sigla (E\V\), o que quer dizer do “calendário gregoriano”, adotado mundialmente.

Escada – Símbolo de ascensão ou decadência, que é usada em Maçonaria.

Escada de Jacob – Emblema, figura no painel do Aprendiz, para lembrar as “sete” virtudes indispensáveis: temperança, prudência, justiça, fé, esperança, caridade e fortaleza da alma.

Escada de Mestres – Possui dois lances de “cinco degraus”, cada um representa: a candura, clemência, franqueza, temperança e descrição.

Escada Misteriosa – No Grau “30” do R\E\A\A\, há uma escada com sete degraus para subir, consagrada: à justiça, à pureza, à doçura, ao trabalho, à prudência, à sinceridade, à coragem. Para descer: à gramática, à retórica, à lógica, à aritmética, à geometria, à música e à astronomia.

Escocês – Nome de “Sete Ritos”, que geralmente são confundidos com um só:
- Rito Escocês Filosófico, fundado em Paris com “15” Graus.
- Rito Escocês Filosófico, criado em Marselha com “18” Graus.
- Rito Escocês Primitivo, fundado em Paris com “25” Graus.
- Rito Escocês Primitivo de Namur, concebido em Namur com “33” Graus.
- Rito Escocês Primitivo de Narbona, fundado em Narbona com “10” Graus.
- Rito Escocês Reformado, criado na Prússia com “7” Graus.
- Rito Escocês Antigo e Aceito, criado com “33” Graus.

Escocismo – É a prática do Rito Escocês, que trata dos Graus acima dos “Graus Simbólicos”. Atribui-se a André de Ramsay, a criação desses Graus, tendo seu desenvolvimento acontecido a partir de 1745, na França.

Escopro - Profissões industriais. Instrumento de aço com que se lavram madeira e pedra.

Escrutínio Secreto – Ato de recolher e contar as esferas, que entraram em uma urna. Este modo de votação é obrigatório, nos processos de ingresso na Ordem.

Escudo - Em Maçonaria, os Graus por ela concedidos.

Esferas - Ciência, regularidade, sabedoria. Servem para votação em escrutínio secreto: as brancas aprovam e as negras reprovam.

Esfinge - Segredo, silêncio. Monstro que no Egito era representado por uma estátua de leoa, com peito e cabeça de mulher; símbolo da deusa da sabedoria, “Neith”. É usada como símbolo dos trabalhos Maçônicos, que devem ser impenetráveis.

Esmola – (Ver Hospitaleiro).

Espada - Símbolo de honra e da proteção, recorda a combatividade.

Esperança – Uma das virtudes recomendadas aos Maçons em qualquer situação. “A esperança é a última que morre”.

Espiga - Recompensa do trabalho, fertilidade.

Espiga de Trigo – Emblema da recompensa de trabalho e ressurreição da vida.

Esquadria – Símbolo da retidão, recorda os deveres de vida reta.

Esquadro – Emblema da retidão e da conduta, pela qual deve o Maçom pautar as suas ações.

Esqueleto – Fim da vida, caos, eternidade. Símbolo da “morte” é usado nas “Câmaras de Reflexão”, para lembrar-nos de que a ambição, vaidade e orgulho, nada valem tudo fica, pois a igualdade da vida não pode ser mudada.

Estandarte – Adornos usados pelas Lojas, em seus Templos e serve de “bandeira”, quando a Loja comparece a qualquer outra cerimônia de Co-Irmã.

Estar a Coberto – É o momento em que uma Loja está regularmente aberta, e isenta de olhares de profanos. Nos trabalhos da Loja, são os Vigilantes os responsáveis pela perfeita cobertura dos trabalhos.

Estar a Nível – Simbolicamente significa estar no lugar certo, estar em dia com as obrigações.

Estrela – Divindade. Tocha que servia para clarear a introdução de um Maçom, ao local onde a Loja estava reunida. Modernamente se usam velas, ou mesmo lâmpadas acesas por pilhas elétricas.

Estrela de cinco pontas - Em Maçonaria tem vários usos, representando o corpo do homem com as pernas e braços abertos; representam ainda os cinco sentidos do homem. A cabeça representa o Venerável, o braço direito o Orador, o braço esquerdo o Secretário, o pé direito o 1º Vigilante, e o esquerdo o 2º Vigilante.

Estrela de nove pontas - Formada por três triângulos eqüiláteros sobrepostos, que representam respectivamente: o Rei Salomão, o Rei Tiro, e Hiran Abiff o “Arquiteto do Templo”.

Estrela de seis pontas - Constituída por dois triângulos eqüiláteros sobrepostos, que significam a fonte reprodutora, a do macho e da fêmea, aparece em muitos símbolos Maçônicos. É também chamada “Estrela de David”.

Estrela Flamejante ou Resplandecente – Símbolo da Divindade.

Evangelho – Durante as Iniciações do passado, todos os Candidatos juraram sobre o “Evangelho”. Hoje juram sobre o “Livro Sagrado”, da religião adotada pelo país onde se situa a Loja; exceto no Rito Moderno, onde o juramento é feito sobre a “Constituição da Potência” a que pertence a Loja.

Exata Observância – Sistema Maçônico derivado da Estrita Observância, e tinha por fim a defesa do “jesuitismo”.

Exotérico – O que é ensinado de maneira particular, só aos Iniciados em qualquer filosofia.

Exoterismo – É o ensino que pode divulgar a filosofia, ou o lado oculto das coisas, ao vulgo em geral.

Expertos – São oficiais de uma Loja Simbólica. Há três: 1º, 2º, e 3º no R\E\A\A\.


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Dicionário da Maçonaria "D"

D

Dar Entrada – Dar entrada ao Templo, é permitir a um Irmão, comissão ou autoridade para participar dos trabalhos de um Corpo Maçônico.

Decoração – Ornamento que se faz no local onde as Lojas trabalham, variam conforme o Rito e o Grau em que funcionam.

Degraus - Maçonicamente, subindo são as dificuldades para a vitória das idéias, e o esforço que se despende para chegar a “Luz”; descendo é a facilidade com que podemos cair na imperfeição ou vício.

Delta – É o triângulo luminoso, símbolo do “Poder Supremo”, que se situa por trás da cadeira do Venerável Mestre.

Deputação – Irmão de uma Loja, por ela nomeada, para representá-la em qualquer solenidade ou missão oficial.

Deputado – Irmão eleito por uma Loja, para representá-la na “Assembléia Legislativa” de uma Potência. Há Potências com Assembléia Estadual e Federal.

Diácono – Existem no Rito Escocês dois Diáconos: o 1º e o 2º; que são os encarregados da transmissão de Ordens do Venerável ao 1º Vigilante, e deste para o 2º Vigilante.

Dignitários – São os cincos primeiros oficiais de uma Loja Simbólica.

Diploma – Certificado que atesta que seu portador é Mestre Maçom.

Direitos – Cada Potência Maçônica, em suas “Leis”, mencionam os direitos que concedem aos seus membros; direito de votar e ser votado, justa proteção moral e etc...

Dissidência – Sempre houve, e possivelmente haverá outras na Maçonaria, no Brasil em especial já houve muitas, destacando-se as maiores a de 1927, quando foram criadas as “Grandes Lojas”; e a de 1973, quando apareceram os “Grandes Orientes Independentes”.

Docel – É a cobertura colocada sobre o Altar do Venerável, que varia de cor ou formato, conforme o Rito.

Dualismo – É a existência de dois princípios opostos; o bem e o mal, o preto e o branco; que são princípios necessários para o equilíbrio do procedimento.


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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dicionário da Maçonaria "C"

C

Cabala – (Ver kabala). Teosofia dos hebreus, que tem recebido as mais variadas explorações, quanto a sua finalidade e poderes sobrenaturais, que são atribuídos aos cabalísticos do passado. O termo hebreu Kabbalah significa tradição; daí conclui-se, que a “cabala” é a tradição antiga dos hebreus, passada de pai para filho.

Cadeia - Escravidão, superstição, intolerância, ilustração, união.

Cadeia de Flores - Alegria. Assim são chamadas as grinaldas, que ornam os Templos em suas Sessões festivas.

Cadeia de União - Aliança. Forma-se de modo especial para a comunicação da “palavra semestral”, ou no final dos banquetes ritualísticos, para o “ósculo da paz”.

Caduceu - Ciência e progresso.

Caim - Males, paixões.

Calendário – Os Maçons possuem calendário próprio, a “Maçonaria Simbólica” acrescenta 4.000 ao calendário atual, assim 1999 registra-se 5.999.
Calendário Maçônico – Diversos calendários já foram adotados pela Ordem, conforme os Ritos hoje prevalecem o calendário hebraico; designando como ano da “Verdadeira Luz” (V\L\). Sendo o nosso calendário usual designado como ano da “Era Vulgar” (E\V\).

Cálice da Amargura – O cálice é usado pela “igreja católica” de várias formas, principalmente para a consagração do vinho; para os Maçons, o cálice da amargura lembra os maus momentos e dificuldades que temos que passar. É também lembrado na Iniciação do Grau de Aprendiz, numa das provas por que passa.

Câmara – Nome que recebem os locais onde se reúnem os Maçons, conforme o Grau de cada Rito em que estão reunidos, também assim são chamadas às reuniões diversas, para transmissão de instruções específicas.

Câmara Ardente – É o lugar que realiza uma das partes da cerimônia de Iniciação do Grau de Aprendiz. Quem não se lembra da frase: “este clarão pálido e lúgubre...”.

Câmara de Instrução – É a Sessão destinada tão somente ao ensinamento e estudo do simbolismo, liturgia e história geral da Ordem.

Câmara de Perfeição – (Ver Loja de Perfeição).

Câmara de Reflexão – Lugar geralmente subterrâneo, onde os Candidatos permanecem para meditarem a cerca das coisas materiais do mundo. Simboliza o centro da terra de onde viemos e para onde teremos que voltar.

Câmara do Meio – Sessão onde os Mestres recebem o seu salário, e se reúnem para deliberarem.

Câmara Simbólica – Nome dado às reuniões das Lojas Simbólicas em geral.
Candelabro – Utensílio usado em todas as cerimônias Maçônicas varia de forma e de número de luzes conforme o Grau que se está trabalhando. Modernamente não se usam mais as velas, mas sim, lâmpadas elétricas.

Candidato – Nome dado ao profano que está sendo proposto ao ingresso na Ordem. É necessário fazer-se a devida diferenciação entre: Candidato, Postulante, Recipiendário, Aspirante e Neófito.

Cão - Por ser o melhor amigo do homem, é considerado o símbolo da fidelidade; aparece no Ritual do Grau “9” do R\E\A\A\.

Capitação – É uma taxa anual que cada Obreiro, obrigatoriamente, recolhe ao “Grande Oriente” a que pertence. Em algumas Potências, essa taxa é devida para o âmbito Estadual e o Federal.

Caracteres Maçônicos – Abecedário de que se serviam os antigos Maçons, para comunicar-se entre si. Hoje está em desuso.

Carbonizar - Dizem-se quando se coloca uma esfera negra na urna, que se usa para votação da admissão de um Candidato.

Carta Constitutiva – Documento que uma Potência concede a uma Loja, que se instala como reconhecimento de sua legalidade.

Casula – Vestimenta constituída por um pano, devidamente decorado, com bordados de figuras e dizeres simbólicos, com que se reveste o Maçom, quando de sua recepção no Grau de CAV\R\C\ do R\E\A\A\.

Cavaleiro – Na Maçonaria, assim são chamados todos os Maçons, que foram Iniciados nos Graus que têm origem na “antiga cavalaria”, que existem em muitos Ritos.

Cavaleiro de Malta – Ordem militar conhecida por “Hospitaleiros de São João de Jerusalém”, foi extinta em 1798.

Cavaleiro Rosa Cruz – Título do 18º Grau do Rito E\A\A\.

Caveira – Em Maçonaria é objeto imprescindível nas “Câmaras de Reflexão”, para lembrar ao Candidato da brevidade da vida; que deve estar voltada para o bem.

Caverna – (Ver Câmara.).

Cego – Simbolicamente aquele que não viu a “Verdadeira Luz”. Como regra não se deve admitir os cegos nos mistérios da Maçonaria, porém os Maçons que tiverem a infelicidade de se tornar cegos, devem permanecer na Ordem.

Ceia – Cerimônia ritualística, realizada pelo “Cavaleiro Rosa Cruz”; onde são servidos pão e vinho, alimentos emblemáticos da imortalidade.

Certificado – Documento através do qual uma Loja atesta a qualidade dos seus membros: Aprendiz, Companheiro ou Mestre.

Cetro - Poder.

Chamas - Purificação. (Ver Provas).

Chanceler – Um dos oficiais de uma Loja, que controla a freqüência dos seus membros, ao trabalho da mesma, as visitas em outras Oficinas e expede certificado de presença aos visitantes.

Chantre – Assim é designado, no Rito Brasileiro, o Irmão responsável pela “coluna da harmonia”.

Chave - Inteligência, tesouro. Símbolo Maçônico da prudência e discrição. Silêncio.

Chaves Místicas – Palavra sagrada ou de “passe”, que servem simbolicamente para abrir o Templo.

Cheshvan – É o 2º mês do calendário judaico.

Chover – É quando está presente um profano no meio Maçônico.

Christos – (Em Grego), também é como os gnósticos chamam a “Jesus Cristo”.

Ciências Ocultas – Eram os conhecimentos ensinados pelos antigos, mistérios das Iniciações egípcias.

Cinco Pontos da Perfeição – São os “cincos pontos” que só são transmitidos a Mestre Maçom, de viva voz, nas instruções próprias do Grau.

Cinzas - O nada.

Círculo - Criação, universo. Para os Maçons é considerado o “símbolo do universo, e do cosmo”. Na escrita Maçônica a Ordem é representada por um círculo, tendo em seu centro a tríplice pontuação (tri-pontuação) .

Cisma – Separação de facções Maçônicas, motivadas por discórdias intestinas, que infelizmente ocorrem entre os Maçons.

Clandestino – São todos os Corpos Maçônicos, não reconhecidos pelas Potências Regulares.

Clepsidra - Relógio de água.

Coberto – (Ver Estar a Coberto).

Cobridor – É o oficial de uma Loja encarregado de “trolhar os visitantes”, deve ser de preferência um Irmão conhecedor de todos os Regulamentos e Ritual.

Cobridor do Grau – É o conjunto de meios para o reconhecimento, que se concede aos Irmãos, a cada Grau de qualquer Rito. Ao visitante de uma Loja ser-lhe-á solicitada essa identificação.

Cobrir o Templo – Retirar-se dos trabalhos de uma Loja, quando esta estiver trabalhando.

Co-Irmã – Qualquer Loja com a qual deve ser mantida correspondência ou visitas regulares. Não são Lojas Co-Irmãs as Lojas consideradas espúrias, ou pertencentes a Potências, não reconhecidas oficialmente.

Colméia - Trabalho.

Colares – São colares de pano, que se usa ao pescoço, contendo desenhos inerentes ao Rito e Grau, em que está trabalhando um Corpo Maçônico; servindo para prender, em sua ponta, a “jóia” do Cargo de quem o exerce. (Ver Fitões).

Colunas - Virtudes, teologias, interior dos Capítulos, parte da Loja. São as duas “Colunas” no interior do Templo, próximas a sua entrada. Sendo que, no R.E.A.A., na “Coluna do Norte” está a letra “J”, e na “Coluna do Sul” está a letra “B”, que designam onde ficam os: Aprendizes,
Companheiros e Mestres. No Rito Moderno estas letras são invertidas.

Colunas da Infâmia – Uso antigo de algumas Lojas, que colocaram nessa simbólica coluna, os Irmãos que se tornaram indignos da Ordem. Essa prática não prosperou e, modernamente basta à eliminação dos que se tornaram maus Maçons.

Colunas de Harmonia – Irmão, ou coro que se responsabiliza pela parte musical, de qualquer solenidade Maçônica.

Colunas Gravadas – Qualquer tipo de prancha ou comunicado escrito, que circule, ou seja, depositado na bolsa de propostas e informações.

Colunas Zodiacais – São as “doze colunas” que circundam os Templos Maçônicos. São seis masculinas do lado direito, e seis femininas do lodo esquerdo.

Comissão – É um grupo de Irmãos, geralmente de três, podendo ser de maior número, que são nomeados por quem de direito, para executarem um trabalho, ou representarem o Corpo Maçônico a que pertence em qualquer solenidade tanto profana como Maçônica.

Comitiva – É o grupo de Irmãos que acompanha autoridade Maçônica, em missões oficiais ou em simples visita de cortesia.

Companheiro – Assim são chamados os Irmãos que estão no Grau “2”, da Maçonaria Simbólica.

Compasso – É o emblema da justiça. Pela abertura do ângulo formado pelas suas pernas, é que simbolicamente os Maçons regulam seus sentimentos e seus atos.

Condecoração – Insígnia que acompanha um título concedido como: honorário, benfeitor, e etc. Pode ser um distintivo ou laço para ser usado na lapela.

Conselho de Kadosch – É a “Câmara Filosófica”, que administra os Graus “19 a 30” do R\E\A\A\, com poderes de conferir esses Graus e as instruções correspondentes.

Conselho de Mestres Instalados – Assim á chamado um grupo de no mínimo três Mestres Instalados, designados para proceder à Instalação de um Venerável, recém eleito; transmitindo-lhe todos os segredos inerentes a essa função.

Consistório – Alta Câmara do R\E\A\A\ em que se reúnem os Irmãos investidos nos Graus “31 e 32”.

Constituição - É o regulamento maior de qualquer Potência Maçônica, através do qual, são determinados os direitos e obrigações dos Corpos e membros, que são subordinados.

Convocação – É o chamado oficial que se faz aos componentes de qualquer Corpo Maçônico, para reunirem-se em trabalhos especiais.

Coração – Hiram, o arquiteto do Templo de Salomão.

Corda com 81 nós – Fraternidade e amizade.

Cordão de União – Fraternidade e união.

Cordeiro - Símbolo da paz, no passado foi usado para os sacrifícios em honra aos “deuses pagãos”. Aparece de várias formas, no Ritual do Grau “18” do R\E\A\A\.

Coroa - Poder, glória, triunfo.

Corpo Maçônico – Diz-se de diversos seguimentos da Maçonaria: “Loja Simbólica, Loja de Perfeição, Sublime Capítulo, Assembléia Legislativa” e etc...

Corvo - Ave considerada de mau agouro para uns, disseminadora de doenças por alimentar-se de carniça para outros. E ainda considerada exterminadora de germes. Aparece como símbolo de argúcia em um dos Altos Graus do R\E\A\A\.

Cotização – É a importância anual, que cada Corpo ou Loja, recolhe à Potência a que pertence. Há Potências que recolhem essa importância mensalmente.

Cruz - Imortalidade, fé, santidade.


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Dicionário da Maçonaria "B"

B

“É a segunda letra do alfabeto. Seguida da tri-pontuação (B\), é a abreviação do nome da coluna
BOOZ, situada à entrada de um Templo. Também aparece no avental de um Mestre Maçom, como a inicial da” palavra sagrada “deste Grau M\B\(Mac-Benath)”.

Bafomet – Palavra designativa de “satanás ou demônio”, que é citada no Ritual do Grau “30”.

Balança – Símbolo da retidão, é a libra dos “doze signos dos zodíacos”.

Balandrau – É uma capa longa de cor preta, para esconder a roupa comum, que pode ser eventualmente usada nas Sessões ordinárias de uma Oficina, entretanto nas Sessões Magnas, o traje é obrigatoriamente o prescrito nos Rituais: camisa branca, gravata, sapatos e terno preto.

Balaustrada do Templo – É o conjunto de balaústres, ou grades, que separa o Oriente do Ocidente de um Templo.

Balaústre – Em Maçonaria serve para designar a ata, ou o relato do que se passou em uma “Sessão Maçônica”.

Bandeira – Pedaço de pano de várias formas ou tamanhos, com desenhos alusivos a um Corpo Maçônico, Simbólico ou Filosófico, ou ainda Potência Regular. Em linguagem de Banquete: guardanapo.

Banquete – Festividade que os Maçons realizam, para comemorar uma data ou acontecimento importante. Há Rituais especiais para os vários Banquetes Maçônicos.

Barrica – Em Banquete Maçônico: garrafas.

Bastões – Vara de madeira ou metal, com jóias próprias, colocadas nas extremidades superiores dos mesmos, fazendo alusão aos cajados dos antigos peregrinos, é usado pelo Mestre de Cerimônia e pelos diáconos.

Baterias – Aplausos que são dados durante as Sessões para manifestar alegria. São dadas por pancadas, que variam de números, ou combinações de números, conforme o Grau em que se está trabalhando.

Beijo – (Vide Ósculo).

Beijo de paz - Amizade, reconciliação.

Beleza – É uma das “três colunas simbólicas” que adornam uma Loja, as outras são: Força e Sabedoria.

Bem – É o princípio moral que está em constante luta com o mal. A Ordem deseja o bem em todas as suas formas. O bem dos Irmãos, o bem da pátria e o bem da humanidade.

Beneficência – É uma das práticas que deve ser cultivada pelos Maçons, de qualquer forma, que se apresente à necessidade dos nossos semelhantes.

Bíblia – Livro contendo o “antigo e o novo testamento” dos católicos, e outras crenças consideradas cristãs. Nos países católicos é usada como “Livro da Lei Sagrada”, do qual se lê um pequeno trecho na abertura das Sessões.

Boi - Fortaleza, trabalho.

Booz – Também conhecida como “Boaz”, foi o nome de um dos filhos de “Salomão”; e nome de uma das Colunas de bronze, mandado fundir por ordem de “Salomão”. Nos Templos atuais é a “palavra sagrada” do Grau de Aprendiz, é representa pela letra “B”, numa das Colunas situadas no interior dos Templos.

Branco - Uma das cores mais importantes usadas pela Maçonaria simboliza a inocência, a candura e é a cor dos Aventais de Aprendizes e Companheiros.

Brevê – Diploma do Irmão que atinge o Grau “18” do R\E\A\A\, “Cavaleiro Rosa Cruz”.

Buril – Em Maçonaria assim são chamados simbolicamente o lápis e as canetas, com que se burilam os escritos Maçônicos.



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terça-feira, 19 de julho de 2011

Dicionário da Maçonaria "A"

A

É a primeira letra do alfabeto. Quando seguido da tri-pontuação (A\), expressava a abreviatura da palavra Arquiteto. Hoje se usa “Arquit\”

Abater Colunas – Dizem-se quando uma Loja deixou de trabalhar.

Abelha - Símbolo do trabalho; é a produtora do melhor alimento que é o mel.

Abertura – As Sessões das Oficinas de qualquer Grau ou Rito são abertas por seus Rituais próprios.

Ablução – Parte da iniciação pela qual passa o Candidato, chamada de “prova da água”, para simbolicamente ser considerado purificado.

Abóbada – Parte dos edifícios em forma de cúpula, principalmente os da antiguidade, como o próprio “Templo de Salomão”.

Abóbada-Celeste – É o firmamento celeste com seus astros e estrelas; nos Templos, está representada pela decoração do teto.

Abóbada de Aço – São várias, determinadas pelo protocolo Maçônico, que fazem os Irmãos, para que por debaixo das espadas passem as autoridades, quando em visitas às Lojas.

Abóbada Estrelada ou do Templo – Céu, imensidade.

Abraço Fraterno – Amizade.

Abreviatura – É a escrita Maçônica, que dificulta sua leitura aos profanos, como A\R\L\S\,ou Aug\e Resp\Loj\Simb\, ou Gr\Or\, Grande Oriente, Ir\do ; membro da .

Acácia - Árvore sagrada da “Antigüidade”, cujo atributo simbólico só é de conhecimento dos Mestres Maçons. Sua madeira de longa durabilidade foi usada para fins navais; seus ramos e suas flores são usados em muitos símbolos do R\ E\ A\ A\; imutabilidade, inocência, incorruptibilidade, tristeza, recompensa da prudência.

Acampamento – Lugar onde trabalha um “Consistório de Príncipes do Real Segredo”.

Aclamação – É o consentimento geral para dispensar formalidades Ritualísticas. Significa também Exaltação (Veja Vivat e Huzza).

Adar – É o 6º mês do calendário judaico.

Adjunto – Dignidade, oficial ou autoridade substituta de funcionário em qualquer Corpo Maçônico.

Adoção – Amor fraternal.

Adoção de Irmão – É o ato filantrópico de uma Loja, em chamar sobre si a responsabilidade de cuidar, em todos os sentidos, de um Ir\ idoso ao qual lhe faltem recursos para a sua manutenção.

Adoção de Lowtons – É o ato de uma Loja em adotar um filho de um Irmão, quando se compromete, se necessário for, dar-lhe educação e sustento até que possa viver das suas próprias expensas.

Adonhiran – Personagem bíblico, a quem o “Rei Salomão”, confiou a responsabilidade da administração dos Obreiros do Templo divididos em: Aprendizes, Companheiros e Mestres; nas variadas atividades profissionais.

Adormecer – Para as Lojas, tem a mesma significação de “abater colunas”. Para os Irmãos, é o ato de deixar de comparecer aos trabalhos de sua Loja.

Adro – Sala que se situa junto à entrada de um Templo Maçônico.

Ágape – (Em linguagem de Banquete). É toda e qualquer refeição servida, na qual, ao seu final se dá mutuamente o “ósculo da paz e da fraternidade”.

Água - Purificação, o primeiro dos elementos da natureza, aparece no Ritual do Grau “1”.

Água Lustral - Maçonicamente é o emblema da purificação, para os Aprendizes é uma forma de purificação, quando mergulha as suas mãos na “água lustral” durante a sua Iniciação.

Água Tofana – Produto mortalmente tóxico, que na antiguidade era destinado ao perjuro. Modernamente, é tomada como símbolo do desprezo, que os Maçons votam aos maus Maçons.

Águia - Rainha das aves, pela sua inteligência e força aparece de várias formas em nossos Rituais. Muito usado em heráldica, principalmente à “águia bicéfala”, que vigia o passado e o futuro, poder, liberdade, sabedoria.

Águia Bicéfala – Em Maçonaria é muito usada como símbolo, sendo a “jóia” de um “Supremo Conselho”, pois exprime a perene vigilância, para o passado e para o futuro.

Alavanca – É um símbolo de força, firmeza, coragem inquebrável.

Alfabeto – A Maçonaria sempre usou alfabetos próprios para escritas Maçônicas, existindo vários: como o inglês, o alemão, o hieróglifo do Grau “33”.

Alimentos - Reino animal.

Alinhar – (Em mesa de Banquete). Significa colocar em linha os canhões e barricas.

Alquimia – Foi à chamada arte de manipular o reino mineral, maçonicamente admitida no Grau de

Aprendiz: terra, ar, água e fogo.

Alta Maçonaria – Diz-se na Maçonaria, quem pratica os Altos Graus, para alguns, são os Graus acima do “3”, mas muitos só consideram como tal os Graus acima do Grau “30”.

Alta Observância – É o lado da Maçonaria que se dedicou e ainda se dedica, ao estudo da alquimia, cabala e magia.

Altar – Mesa de forma especial, onde trabalham o Venerável e os Vigilantes. Existem outros como: “Altar dos Juramentos, Altar dos Pães Propiciais” e etc...

Altar dos Holocaustos – É usado no Grau “23” do R\E\A\A\, para conter várias alfaias desse Grau.

Altar dos Juramentos – É uma pequena mesa quadrada ou triangular, que fica ao centro do Ocidente de um Templo, para conter atributos necessários aos compromissos Maçônicos.

Altar dos Perfumes – Faz parte de vários Graus Superiores, que contém o necessário para a purificação do Templo ou dos Irmãos.

Altar dos Sacrifícios – É colocado ao Norte do Templo, sobre o qual se põem as taças da amargura.

Altos Graus – São os Graus acima do Grau “3”; em todos os Ritos conhecidos, nos quais se transmite o lado Filosófico da Ordem.

Altruísmo – Virtude que cada Maçom possui, é o oposto de egoísmo.

Amarelo - Sabedoria, magnificência. Esta cor é muito usada em vários Graus do R\E\A\A\, é uma das sete cores primitivas, que fez parte importante da Maçonaria oculta, quando estudou a importância das cores.

A.M.F.D.V. – Abreviaturas de palavras conhecidas, só dos Mestres. (Ver Sinal de Socorro).

Amor – Sentimento profundo enraizado na alma do homem, que se expressa das mais variadas formas. Toda a filosofia da Ordem é calcada na “Lei do Amor Fraternal”.

Ampulheta - Brevidade da vida humana.

Anel - Ano, tempo, amizade perene, aliança, união. É muito usado pelos Maçons, e pode conter as mais variadas formas e símbolos. Em um dos Altos Graus do Rito Escocês, é usado como forma de “aliança” entre os Irmãos.

Alma do Mundo – (Anima Mundi em latim) – A essência divina que anima todas as coisas desde o átomo ao universo.

Anjos – Os anjos são mencionados em todas as religiões, e na Maçonaria são citados, muitos deles pelos exemplos que representam.

Aplausos – Nas Sessões Maçônicas, expressam alegrias e satisfação, e são apresentados por certo número de pancadas, conforme o Grau em que se trabalha. (Ver Baterias).

Aprendiz – Maçom que está no “primeiro Grau” de qualquer dos Ritos Maçônicos conhecidos.

Aprendizagem – É o estado do Aprendiz no primeiro “Grau do Simbolismo Maçônico”.

Aprovação – Gestos que os Maçons usam para aprovarem algum pedido, existindo várias delas como a simbólica, a nominal e a secreta.

Ar – Um dos quatro elementos conhecidos no passado, maçonicamente o ar serve para designar uma das “provas” do Ritual de Aprendiz do R\E\A\A\. (Ver Prova do Ar).

Arca da Aliança – Foi uma caixa de forma especial construída por Moisés, para nela guardar as “tábuas da lei”. Adorno obrigatório nos trabalhos dos Graus Inefáveis do R\E\A\A\ (“4 a 14”).

Armas – Em Loja de Banquete: copos.

Arminho - Magnificência e esplendor da Maçonaria, pureza dos filiados.

Arquiteto – É o Irmão encarregado de montar a Loja, para o perfeito funcionamento das Sessões, decorando-a e ornamentando-a convenientemente.

Arquitetura – Em Maçonaria relaciona-se, sobretudo com todas as suas práticas; todos os “Símbolos Maçônicos” são baseados na arquitetura, na arte de construir, principalmente na construção do “Templo de Salomão”.

Arquivo – Lugares onde se conservam documentos, livros e etc, de um Corpo Maçônico.

Arte Real – Designação antiga dada a Maçonaria, mas ainda em uso atualmente. Assim é considerado o trabalho dos Maçons, que simbolicamente constroem monumentos à virtude.
Ashmole (Elias) – Sábio, alquimista e antiquário, considerado o verdadeiro pai da moderna Maçonaria. Desvinculando-a da Maçonaria operativa, foi quem criou os primeiros Rituais de Aprendiz, Companheiro e Mestre da Maçonaria especulativa, ou seja, a moderna.

Asno - Ignorância.

Aspirante – Todo Candidato a Maçom, quando acaba de passar pelas “provas” da Iniciação.

Assiduidade – É a freqüência constante dos Maçons aos trabalhos de sua Loja, aos quais obrigatoriamente devem comparecer.

Astrologia – Antigamente era uma ciência oculta. Hoje é muito estudada pelos Maçons sendo que, muitos astros e planetas são representados nas decorações dos Templos Maçônicos.

Ataduras – Muito usado nas Cerimônias Maçônicas, em que os Iniciados (em vários Graus), se apresentam amarrados com cordas, simbolizando a escravidão em que se acham, dos quais devem se libertar.

Ateísmo – Doutrina considerada como contrária à Maçonaria. Hoje os “ateus” encontram abrigo na Ordem através do Rito Moderno, especialmente criado para os agnósticos, pois entre eles existem sábios, filósofos e homens probos de boa vontade.

Atributo – São os emblemas, alfaias, jóias e tudo o que se relaciona com os Graus e Cargos Maçônicos.

Átrio – Espaço situado entre a sala dos “passos perdidos” e o Templo Maçônico.

Aumento de Salário – Passagem de um Irmão a um Grau Superior ao que está investido.

Ausência – É o período em que o Maçom se afasta dos trabalhos de sua Loja, o que não é permitido fazer-se sem a devida autorização.

Av – É o 11º mês do calendário judaico.

Avenidas – Corredores ou salas por onde se passa para chegar ao Templo propriamente dito.

Avental – É um dos símbolos mais importantes da Ordem, por simbolizar o trabalho. A nenhum Maçom é permitido estar nas Sessões Maçônicas sem esse adorno. Os aventais variam: de cor, tamanho e atributos; conforme o Rito ou Função que se exerce.

Azeite - Sabedoria, paz, conforto, prudência.

Azul - Piedade, temperança, doçura, lealdade, sabedoria. Recompensa, amizade, fidelidade, perfeição infinita de Deus.



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A Herança de Pitágoras

A história posterior da filosofia de Pitágoras se confunde com a da Escola de Platão, discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles, e que foi também ardente admirador e discípulo de Pitágoras. Platão herdou, de um lado, as doutrinas de seu mestre e, de outro, bebeu a sua sabedoria nas mesmas fontes do filósofo de Samos. Segundo Amônio Sacas, toda a Religião-Sabedoria estava contida nos Livros de Thot (Hermes), onde Pitágoras e Platão beberam os seus conhecimentos e grande parte de sua filosofia. Desde os primeiros séculos da era cristã que é comprovada a existência, em Roma, das práticas e doutrinas religiosas de
Pitágoras, principalmente as relacionadas com a imortalidade da alma. Pitágoras disputava então, com outras religiões, um lugar predominante no panteão da Roma Imperial. A comprová-lo as capelas pitagóricas descobertas pela arqueologia, nas quais os iniciados aprendiam os mistérios de Pitágoras, e onde eram introduzidos no culto de Apolo. Os afrescos encontrados no subsolo da Porta Maggiore, em Roma, mostram temas Pitagóricos. O nacionalismo romano também está ligado a Pitágoras através da obra Metamorfoses, de Ovídio, que nela relatou a teoria da reencarnação defendida pelo filósofo de Samos. Os discípulos diretos de Platão também retornaram aos mais princípios Pitagóricos; e os neo-Platônicos, com Jâmblico, no séc. IV d.C. também os adotaram, juntamente com os mais recentes escritos Pitagóricos, isto é, os Hinos Órficos. Do séc. I d.C. ao séc. VI d.C. a doutrina de Pitágoras influenciou grandes filósofos que escreveram e divulgaram a sua filosofia. Alguns deles foram Apolônio de Tiana, Plotino, Amélio e Porfírio. Depois que os cristãos conquistaram, no séc. IV d.C. o controle do Estado, os Pitagóricos tornaram-se, gradualmente, uma minoria perseguida. No entanto, as idéias de Pitágoras continuaram a ser pregadas na antiga escola de Platão, a Academia de Atenas, e em Alexandria, até que no séc. VI d.C. Justiniano, imperador do Oriente, fechou a Academia e proibiu a pregação da filosofia e das doutrinas consideradas pagãs pelo catolicismo. A partir desta época prevaleceu a era do obscurantismo da Idade Média. Mas as doutrinas de Pitágoras foram abertamente pregadas por um período de 1.200 anos, que se estende do séc. VI a.C. ao sec. VI d.C. Apesar de perseguido pela religião oficial Pitágoras foi, para grandes figuras do Catolicismo, como Santo Ambrósio, uma figura de referência por ter sido visto como intermediário entre Moisés e Platão, No séc. XVI, de acordo como o interesse do autor, Pitágoras era apresentado como poeta, como mágico, como autor da Cabala, como matemático, ou como defensor da vida contemplativa. Rafael, famoso pintor italiano, retratou Pitágoras como um homem idoso, de longas barbas, entre filósofos, no quadro "Escola de Atenas". O nacionalismo romano também está ligado a Pitágoras através da obra Metamorfoses de Ovídio, que fez longo relato acerca da teoria da reencarnação defendida por Pitágoras. Embora, remotamente, não podemos deixar de registrar a existência de pontos comuns entre a filosofia de Pitágoras e o sistema Positivista de August Comte. Pitágoras, racionalista, procurou explicar a cosmogonia universal através da ciência. Comte trilhou caminho semelhante. Antes de tudo, Pitágoras buscou o conhecimento da Verdade e só por isso já deve ser reverenciado por toda a Humanidade.


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segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Música Pitagórica

Pitágoras não só utilizava a música para criar uma inefável aura de mistério sobre si mesmo, como também para desenvolver a união na sua Escola. A música instruía os discípulos e purificava suas faculdades psíquicas. Na educação, a música era vista como disciplina moral porque atuava como freio à agressividade do ser humano. Pitágoras considerava a música o elo entre o homem e o cosmos. O Cosmos era para ele uma vasta razão harmônica que, por sua vez, se constituía de razões menores, cujo conjunto formava a harmonia cósmica, ou harmonia das esferas, que só ele conseguia ouvir.
Pitágoras, avatar do deus Apolo, compunha e tocava para seus discípulos a sua lira de sete cordas. Deste modo ele refreava paixões como a angústia, a raiva, o ciúme, anseios, a preguiça e a impetuosidade. A música era uma terapia que ele aplicava não só para tranqüilizar as mentes inquietas, mas também para curar os doentes de seus males físicos. Pitágoras foi o descobridor dos fundamentos matemáticos das consonâncias musicais. A partir daí, ele visualizou uma relação mística entre a aritmética, a geometria, a música e a astronomia, ou seja, havia uma relação que ligava os números às formas, aos sons e aos corpos celestes. A Tetraktys era o símbolo da música cósmica, e Pitágoras, como o deus da Tetraktys, era a única pessoa que podia ouvi-la. A teoria da música cósmica, ou harmonia das esferas foi descrita por Platão, no Timeu. Filolau, outro notável discípulo de Pitágoras também faz descrição minuciosa da teoria que resulta na música cósmica e na harmonia das esferas (ou planetas).


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A Astronomia Pitagórica

Pitágoras foi o primeiro a afirmar que a Terra e o Universo tinham forma esférica. Ele também anteviu que o Sol, a Lua e os Planetas então conhecidos possuíam um movimento de translação, independente do movimento de rotação diário. A Escola de Pitágoras desenvolveu também um sistema astronômico, conhecido como sistema Pitagórico. A última versão deste sistema, atribuída aos discípulos Filolau e Hicetas de Syracusa, deslocava a Terra do centro do Universo, e fez dela um planeta do mesmo modo que os planetas então conhecidos, que giravam em torno do fogo central – o Sol. Este sistema, elaborado cerca de 400 a.C., antecipou em cerca de 2.000 anos os mesmos princípios defendidos por Galileu Galilei, pelos quais foi condenado pela Santa Inquisição. Galileu demonstrou a base científica do sistema, a partir da qual Copérnico e Kepler iriam comprovar que era o Sol e não a Terra o centro da Via Láctea – a nossa Galáxia.


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quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Geometria Pitagórica

Em Geometria não se pode obter uma figura totalmente perfeita, nem com uma, nem com duas linhas retas. Mas três linhas retas em conjunção produzem um triângulo, a figura absolutamente perfeita. Por isso é que o triângulo sempre simbolizou o Eterno – a primeira perfeição, o Grande Arquiteto do Universo. A palavra que designa da Divindade principia, em todas as línguas latinas, por um D, e em grego por um “delta”, ou triângulo, cujos lados representam a natureza divina. No centro do triângulo está a letra Yod , inicial de Jehovah – o Criador, expresso nos idiomas teuto-saxonicas pela letra G, inicial de God, Got ou Gottam, cujo significado filosófico é geração. Numerosas – e valiosas – foram as contribuições da Escola de Pitágoras no campo da Geometria. Assim, por exemplo, a demonstração de que a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a dois ângulos retos, ou 180 graus. Também formularam a teoria das proporções e descobriram as médias aritmética, geométrica e harmônica. Foi ainda Pitágoras quem descobriu a construção geométrica dos cinco sólidos regulares, isto é, o tetraedro ou pirâmide de quatro lados, o octaedro, o dodecaedro e o icosaedro. A construção do dodecaedro requer a construção de um pentágono regular, também conhecida dos Pitagóricos, que usavam o Pentagrama ou Estrela Pentagonal ou Flamígera, como símbolo de reconhecimento entre os seus membros. Em resumo, a Geometria Pitagórica cobriu todos os assuntos da obra de Euclides, que compilou e registrou todo o conhecimento existente nesta área, na antiga Grécia.


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A Aritmética Pitagórica

Para Pitágoras a Divindade, os Logos, era o Centro da Unidade e da Harmonia. Ele ensinava que a Unidade, sendo indivisível, não é um número. Esta é a razão porque se exigia do candidato à admissão na Escola Pitagórica a condição de já haver estudado Aritmética, Astronomia, Geometria e Música, consideradas as quatro divisões da Matemática. Explica-se também assim porque os Pitagóricos afirmavam que a doutrina dos números, a mais importante do Esoterismo, fora revelada ao Homem pela Divindade, e que o Mundo passara do Caos à Ordem pela ação do Som e da Harmonia. A unidade ou 1 (que significava mais do que um número) era identificada por um ponto, o 2 por uma linha, o três por uma superfície e o quatro por um sólido. A Tetraktys, pela qual os Pitagóricos passaram a jurar, resultava em uma figura com a seguinte configuração: representando o número triangular 10 e mostrando sua composição como sendo 1 + 2 + 3 + 4 = 10. Adicionando-se uma fileira de cinco pontos teremos o próximo número triangular de lado cinco, e assim por diante. Mostrando que a soma de qualquer série de números naturais que comece pelo número 1 é um número triangular. A soma dos números de qualquer série numérica composta por números ímpares e que comece por 2 é um número quadrado. E a soma dos números de qualquer série numérica de números pares que comece pelo número 2 é um número oblongo, ou retangular. Este é o princípio matemático que levou à 47ª Proposição de Euclides, o matemático grego que divulgou o Teorema de Pitágoras, pelo qual o quadrado da hipotenusa de um triângulo retângulo é igual à soma dos quadrados dos dois outros lados, ou catetos. A demonstração deste teorema é a Jóia do Ex-Venerável mais recente de uma Loja Maçônica, em homenageia Pitágoras, e que simboliza a doutrina científica e esotérica de sua Escola de Filosofia. O mesmo raciocínio usado na formulação do teorema acima, quando o triângulo retângulo é isósceles (com catetos ou lados iguais) levou os Pitagóricos a descobrir os números irracionais, como, por exemplo, a raiz do número 2, que é igual a 1,4142,,,, (dízima periódica).


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terça-feira, 5 de julho de 2011

A Escola Pitagórica

Parece que, por volta da metade do séc. V a.C., houve uma divisão dentro da Escola, De um lado, estavam os “matemáticos”, representados por nomes do peso de Archytas e Aristoxenus, que estavam interessados nos estudos científicos, especialmente em matemática e na teoria musical; de outro lado estavam os membros mais conservadores da Escola, que se concentravam nos conceitos morais e religiosos, e que eram chamados de akousmatikoi (plural de akousmata, os adeptos das tradições orais). Estes elementos – religiosos e científicos –estavam já presentes nos ensinamentos de Pitágoras.
As doutrinas ensinadas por Pitágoras são as seguintes:
1- Em primeiro lugar, e acima de tudo, estava a crença de Pitágoras na existência da alma. Ele também acreditava na transmigração das almas dos indivíduos, mesmo entre diferentes espécies. Esta transmigração poderia ocorrer em seres mais ou menos evoluídos. Se um indivíduo tivesse uma vida virtuosa, o seu espírito poderia inclusive se libertar da carne, isto é, deixaria de reencarnar. Este conceito filosófico foi atribuído a Pitágoras por Platão, em sua obra Fédon (que relata os momentos que antecederam a morte de Sócrates pela ingestão de cicuta). Não se pode deixar de ressaltar a importância deste conceito na história das religiões.
2 - Levar uma vida virtuosa consistia em obedecer a certos preceitos, muito deles vistos hoje como tabus primitivos, como, por exemplo, não comer feijão ou não remexer no fogo com um pedaço de ferro. Estritamente morais eram as três perguntas que cada um devia fazer ao final do dia, e que eram: Em que é que eu falhei hoje? O que de bom eu deveria ter feito hoje? O que é que eu não fiz hoje e deveria ter feito? Um dos principais meios externos que ajudavam a purificar o espírito era a música.
3- A fascinação da Escola pelos números deve-se ao seu fundador. A maior descoberta de Pitágoras foi a dependência dos intervalos musicais de certas razões aritméticas existentes entre cordas de comprimentos diferentes, igualmente esticadas. Por exemplo, uma corda com o dobro do comprimento de outra emite a mesma nota musical, mas uma oitava acima, isto é, mais aguda. Tal fato contribuiu decisivamente para cristalizar a idéia de que “todas as coisas são números, ou podem ser representadas por números”. Este princípio foi a pedra de toque da filosofia de Pitágoras. Em sua obra Metafísica, Aristóteles afirma que os números representavam na filosofia de Pitágoras o que os quatro elementos – Terra/Ar/Fogo/Água representaram no simbolismo de outros sistemas religiosos.
De acordo com este princípio, todo o universo poderia ser reduzido a uma ”escala musical e a um número”. Assim, coisas como a razão, a justiça e o casamento, poderiam ser identificadas com diferentes números. Os próprios números, sendo ímpares e pares, ou limitados e ilimitados, de acordo com Aristóteles, se constituíam na primeira definição das noções de forma e de matéria. Os números um e dois encabeçavam a lista dos dez primeiros pares de opostos fundamentais, dos quais os oito pares seguintes eram “um” e “muitos”, “direita e esquerda”, “masculino e feminino”, “repouso e movimento”, “reto e curvo”, “luz e escuridão”, “bom e mau” e “quadrado e oblongo”. Esta era a filosofia do dualismo metafísico e moral, através da qual se chegou ao princípio que via o universo como a harmonia dos opostos, no qual “o um” gerou toda a serie de números existentes. Assim, a música e a crença no paraíso estelar, (originalmente associados à Astrologia da Babilônia) são os pontos de união entre o conteúdo religioso da filosofia de Pitágoras com os estudos matemáticos e científicos realizados mais tarde pela ala científica de sua Escola. O primeiro apresentar um sistema compreensivo foi Filolaus, um de seus discípulos.


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Pitágora e a Sua Filosofia

O filósofo grego Pitágoras, que deu seu nome a uma ordem de pensadores, religiosos e cientistas, nasceu na ilha de Samos no ano de 582 a.C. A lenda nos informa que ele viajou bastante e que, com certeza, teve contato com as idéias nativas do Egito, da Ásia Menor, da Índia e da China. A parte mais importante de sua vida começou com a sua chegada a Crotona, uma colônia Dórica do sul da Itália, por volta de 529 a.C. De acordo com a tradição, Pitágoras foi expulso da ilha de Samos, no mar Egeu, pela tirania de Polycrates. Em Crotona ele se tornou o centro de uma organização, largamente difundida, que era, em sua origem, uma irmandade ou uma associação voltada muito mais para a reforma moral da sociedade do que uma escola de filosofia. A irmandade Pitagórica tinha muito em comum com as comunidades Órficas que buscavam, através de práticas rituais ede abstinências, purificar o espírito dos crentes e permitir que eles se libertassem da "roda dos nascimentos". Embora o seu objetivo inicial tenha sido fundar uma ordem religiosa do que um partido político, a Escola de Pitágoras apoiou ativamente os governos aristocratas. A verdade é que esta Escola chegou a exercer o controle político de várias colônias da Grécia Ocidental, principalmente as existentes no sul da Itália. Foi também a sua influência política que levou ao desmembramento e à dissolução da Escola de Pitágoras. A primeira reação contra os Pitagóricos foi liderada por Cylon e provocou a transferência de Pitágoras de Crotona para a cidade de Metaponto, onde residiu até à sua morte, no final do séc. VI ou no início do séc. V a.C. Na Magna Grécia, isto é, nas colônias fundadas pelos gregos, a Ordem Pitagórica se manteve poderosa até à metade do séc. V a.C. A partir daí foi violentamente perseguida, e todos os seus templos foram saqueados e incendiados. Os Pitagóricos remanescentes se refugiaram no exterior: Lysis, por exemplo, foi para Tebas, na Beócia, onde se tornou instrutor de Epaminondas; Filolaus, que segundo a tradição, foi o primeiro a escrever sobre o sistema Pitagórico, também se refugiou em Tebas.
O próprio Filolaus, junto com mais alguns adeptos de Pitágoras, retornou mais tarde à Itália, para a cidade de Tarento, que se tornou a sede da Escola Pitagórica. Entre eles estava Archytas, amigo de Platão, foi figura proeminente da Escola, não só como filósofo como também como homem de estado, na primeira metade do séc. IV a.C. No entanto, já no final deste século, os Pitagóricos tinham desaparecidos, como Escola Filosófica. A irmandade Pitagórica tinha muito em comum com as comunidades Órficas que buscavam, através de práticas rituais e de abstinências, purificar o espírito dos crentes e permitir que eles se libertassem da "roda dos nascimentos". Embora o seu objetivo inicial tenha sido fundar uma ordem religiosa do que um partido político, a Escola de Pitágoras apoiou ativamente os governos aristocratas.


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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Considerações Sobre as Constituições Maçônicas

Constituição Francesa, de 1523;
A Constituição Inglesa, de Anderson, de 1723 e
A Constituição Prussiana, de Frederico II, de 1786.
É muito interessante o confronto entre as duas constituições Maçônicas, a Francesa de 1523 e a Inglesa, de Anderson, de dois séculos mais tarde.
Na primeira, é o espírito latino, menos místico e mais rebelde, a mostrar-se inquieto pelos destinos da pessoa humana, lutando pela liberdade do pensamento e rebelando-se contra os privilégios das castas religiosas e da nobreza.
Na Segunda, é o misticismo religioso, o “mosaismo” na sua mais alta expressão, a obediência cega aos reis, a confusão, enfim, entre a teologia e as coisas temporais.
Na Francesa, a Maçonaria é um movimento filosófico ativo, universalista e humanitário, no qual cabem todas as orientações e critérios que tenham por objetivo o aperfeiçoamento moral e intelectual da humanidade, sobre a base do respeito à personalidade humana.
Na Inglesa, a instituição é apenas um sistema de ordem moral, um culto para conservar e difundir a crença na existência de Deus; e é dentro desse princípio que se deve compreender a ajuda aos seus membros para regularem suas vidas e condutas, de acordo com os princípios da sua própria religião, seja ela qual for desde que seja monoteísta.
A primeira, tornando livre a investigação da verdade, defende, pois o fato a liberdade do pensamento e opta pela aplicação do método cientifico experimental na filosofia. A segunda, afirma que a Maçonaria é um culto fundado sobre bases religiosas, não admitindo livres pensadores nem ateus, por melhores que sejam as suas virtudes morais.
A Constituição Francesa é pela proibição absoluta dos clérigos das várias religiões se imiscuírem em assuntos políticos dos povos. Advoga a abolição das castas e dos privilégios da nobreza e do clero, e reconhece a livre determinação dos povos com o direito de se governarem livremente segundo suas leis e costumes. Propõe a supressão dos tribunais especiais da justiça e do Santo Ofício, os quais devem ser substituídos pelos tribunais comuns, de acordo com as leis e costumes.
A Inglesa é omissa nesses pontos. A Francesa não proíbe que os seus membros adorem os deuses sem combate as religiões. Omite-as, deixando as concepções metafísicas ao domínio individual dos seus membros. A Inglesa toma obrigatória a crença em Deus, e obriga ao juramento sobre a Bíblia.
“É costume antigo - diz a Constituição Francesa -não admitir como Francos-maçons os inimigos naturais da instituição, como sejam os clérigos das várias religiões, os portadores de títulos e privilégios da nobreza e do clero, e os que possuem convicções contrárias aos princípios básicos da Franco-Maçonaria, salvo quando se rebelarem clara e francamente contra essas ideologias antagônicas dos princípios da igualdade humana”.
A Inglesa, pelo contrário, conferem a nobreza os títulos mais altos da hierarquia Maçônica. Aplacadas as lutas religiosas na França e ressuscitando o movimento filosófico interrompido pelos desatinos da contra reforma, a Maçonaria retorna ao continente e retoma a sua antiga forma expressa na Constituição de 1523.
Era a época da Enciclopédia e da propaganda do que devia ser mais tarde a grande Revolução Francesa. Os emblemas da realeza são banidos dos rituais, e as formas religiosas introduzidas pelos Ingleses cedem lugar a concepções racionalistas onde o caráter cívico da instituição se manifesta em toda a sua pujança e magnitude.
Não há dúvida, a Maçonaria Francesa assume o seu lugar na vanguarda, penetrando profundamente na burguesia, sem descurar, contudo o proselitismo entre a própria nobreza que sentia desabar o seu mundo de ilusões.
A reforma ritualística não agradou aos ingleses. Não agradou também, aos alemães a quem não convinha uma França subversiva pelo receio do contágio de idéias tão perigosas.
A instituição, porém, progride e ultrapassa as fronteiras nacionais. Ao grito da França responde o eco em outros latinos.
Na Rússia, a grande Catarina constitui-se em animadora do movimento filosófico e com o auxílio da princesa Dachkov funda uma academia de literatura Russa, convidando para inaugurá-la Grimm, Voltaire e Diderot.
O espectro da República torna-se então o pesadelo de Frederico da Prússia. Não seria de boa tática combater idéias novas com princípios rançosos... Catarina era perigosa e o brio dos Franceses indomável. E Frederico pensou: “se os ingleses mantiveram a casca e apenas fizeram restrições à polpa, por que não hei de eu aproveitar o arcabouço e torná-lo elegante aos olhos da própria França?”.
E foi assim que a 1° de Maio de 1786 o Grande Frederico operava a sua reforma escocista: “Nós Frederico por graça de Deus, Rei da Prússia, Margrave de Brandeboure, etc. Soberano Grande Protetor, Grande Comendador, Grão Mestre Universal, e Conservador da muito antiga e Venerável Sociedade dos Antigos Maçons Livres e Associados, ou Ordem Real e Militar da Franco-Maçonaria, etc. etc. a todos os nossos ilustres e muito amados Irmãos espalhados pelo mundo: Tolerância, União e Prosperidade”.
Foi essa a primeira vez que alguém chamou de “ordem militar” a uma instituição que no pórtico das suas Constituições inscrevia a Paz como princípio da fraternidade entre todos os povos da terra! Em todo o caso, Frederico mostrava-se muito mais hábil que os ditadores do século XX. Não destruía a Maçonaria: mobilizava-a, amenizando a sua intervenção com uma linguagem doce, e até certo ponto compreensiva. “A nossa intenção tutelar era mediar os meios e combinar com os Irmãos mais influentes e chefes da Fraternidade em todos os países, aquelas medidas que fossem mais próprias das verdadeiras liberdades Maçônicas, e particularmente a de opinião, que é a primeira, a mais suscetível, e de todas a mais sagrada”.
Essa reforma não encontrou eco entre os Maçons Ingleses. Eles tinham a sua; era tão boa ou tão má, que ainda hoje perdura.


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Meu Nome é Maçonaria

Eu sou justa, sou perfeita, dei os símbolos como meio didático para o homem melhor me compreender e praticar.
Eu sou justa, sou perfeita, criei o ritual para poderem com os símbolos melhor me compreender e entender.
Eu sou justa, sou perfeita, pensei que o homem poderia através dos símbolos e dos rituais interagir melhor com as forças energéticas positivas do universo.
Eu sou justa, sou perfeita, chamei o homem de pedra bruta para que ele sentisse e compreendesse a necessidade de se lapidar.
Eu sou justa, sou perfeita, mostrei ao homem que o templo físico deveria ser uma representação do universo, só que alguns não entenderam que tudo ali é sagrado, é uma das muitas moradas do meu Pai. Ali não há lugar para a inveja, o ciúme, a disputa, a vaidade, a intemperança, a raiva, a injúria e o juízo de valor.
Eu sou justa, sou perfeita, até deixo o homem dizer que eu tenho segredo, estes, se existem, são administrativos, como qualquer sociedade que um dia foi ou é perseguida tem, como forma de proteger os seus membros.
Eu sou justa, sou perfeita, nasci para ajudar todos os homens, independentemente do sexo, raça, cor, religiosidade ou posição social a se transformar em um iniciado, ou seja; num homem e conseqüentemente um espírito de LUZ, que será aonde toda a humanidade terá forçosamente que chegar. Assim está escrito e assim se cumprirá.
Eu sou justa, sou perfeita, a todos e a tudo levo o meu perdão, mas, por favor, Sejam Dignos de Mim, Não me maltratem e Me Socorram.
O meu nome, sim, o meu nome é MAÇONARIA!


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